O AMOR CATIVO EM PORTO ALEGRE NO SÉCULO XIX: o sentido além do discurso

Valéria Zanetti; Maria Aparecida Papali

Valéria Zanetti UNIVAP
Maria Aparecida Papali UNIVAP

Resumen

Marx e Engels observaram, precisamente, que as idéias da classe dominante são, em cada época, as idéias dominantes. Isto é "a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual." (MARX/ENGELS, 1965). A classe

que tem à sua disposição os meios de produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios de produção espiritual. (...) Na medida em que dominam como classe e determinam todo o âmbito de uma época histórica, é evidente que o façam em toda a sua extensão e, conseqüentemente, entre outras coisas, dominem também como pensadores, como produtores de idéias; que regulem a produção e distribuição de idéias de seu tempo e que suas idéias sejam, por isso mesmo, as ideias dominantes da época (Idem, Ibidem).

Biografía del autor/a

Valéria Zanetti, UNIVAP

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (1988), mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1994) e doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). É professora da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), atuando na Graduação (Curso de História e Geografia) e na Pós- Graduação, como docente permanente do Mestrado e Doutorado em Planejamento Urbano e Regional, na Linha de Pesquisa,Sociedade, Espaço e Cultura. É coordenadora do Núcleo de Pesquisa Pro-Memória São José dos Campos, do Laboratório de Pesquisa e Documentação Histórica do Instituito de Pesquisa e Desenvolvimento/UNIVAP, do Laboratório Cidade e Memória e é colaboradora do Cehvap (Centro de Memória Institucional da Univap). Tem experiência na área de pesquisa e de ensino de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, História do Brasil Império, Fundamentos da História, Cultura Brasileira, história e cidade; História, Memória e Patrimônio Histórico; Organização, digitalização e disponibilização de documentos históricos. Autora de Cidade e Identidade: São José dos Campos e dos Ares e é membro do Conselho Municipal de Turismo de São José dos Campos.

Maria Aparecida Papali, UNIVAP

Possui graduação em Historia pela Universidade do Vale do Paraíba, Mestrado em História do Brasil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e Doutorado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é professor doutor da Universidade do Vale do Paraíba, atuando na Graduação ( Curso de História e Geografia) e na Pós- Graduação, como docente permanente do Mestrado em Planejamento Urbano e Regional, na Linha de Pesquisa "Sociedade, Espaço e Cultura". É coordenadora do Núcleo de Pesquisa "Pro-Memória São José dos Campos" e do Laboratório de Pesquisa e Documentação Histórica/ IP&D/UNIVAP.Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República e História da América, pesquisando principalmente os seguintes temas: história e cidade, história regional e documentação histórica.

Citas

BAKTHIN, V. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979.

CASTELLS, M. A questão urbana.Traduzido por Arlene Caetano. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã. Rio de Janeiro: Zahar, 1965.

GREGOLIN, Maria do Rosário Valencise. Análise do discurso: os sentidos e suas movências. In: GREGOLIN et ali. (Org.) Análise do discurso: entorno do sentido. Araraquara: UNESP: FCL, Laboratório Editorial. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2001.p. 9.

FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Tradução Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1986, p. 136.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 5ª ed. São Paulo: Loyola, 1999.

FOUCAULT, M. A verdade e as formas jurídicas. Cadernos da PUC: Rio de Janeiro, 1974.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1987. pp. 162-92; LEFEBVRE, H. The production of space. Traduzido por Donald Nicholson-Smith. 18 ed. Oxford: Blackwell Publishing, 1974.

CHAUÍ, Marilena. Repressão sexual: essa nossa (des)conhecida. São Paulo: Brasiliense, 1991.p. 181.

VILLARTA-NEDER, Marco Antônio. Silêncio da memória x memória do silêncio: uma parábola sobre efeitos de sentido. FERNANDES, Cleudemar A. (Org.). Sujeito, identidade e memória. Uberlândia: EDUFU, 2004, pp. 130-151.

VAINFAS, Ronaldo. Moralidades brasílicas. In: SOUZA, Laura de Mello e (Org.). História da Vida Privada no Brasil:cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia das Letras, 1997, p. 228.i

HARVEY, D. Condição pós-moderna. 12ª Ed. São Paulo: Loyola, 1989. p. 70.

ZANETTI, Valéria. Calabouço urbano. Passo Fundo: UPF, 2002, p. 175-76.