O PROCESSO DA MEDICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA E OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Judith Rolim Hainzenreder Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Paola Rodegheri Galeli Universidade do Extremo Sul Catarinense

Resumen

O objetivo deste estudo é analisar a percepção de trabalhadores da educação em relação ao processo de medicalização da infância e adolescência, considerando as queixas escolares apresentadas por alunos. A metodologia a ser usada caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa se concentra em trabalhadores da educação, incluindo professores, diretores, orientadores educacionais e outros profissionais que atuam no ambiente escolar, como psicólogos. Foram inicialmente identificados 136 artigos relacionados à medicalização na infância e adolescência, sendo 124 deles excluídos por revisão bibliográfica, temas não relacionados ou duplicidades, resultando na seleção de 12 artigos para leitura. Identificou-se outros 3 artigos que não atendiam aos critérios de inclusão, resultando na seleção final de 9 artigos para a revisão. A escola é vista como um espaço onde as crianças têm seu primeiro contato com grupos diversos, indo além das fronteiras familiares. No entanto, identifica-se que a escola frequentemente encaminha alunos para serviços de saúde, incluindo o uso de medicação, devido à insegurança dos educadores em lidar com alunos que fogem ao padrão esperado. Os resultados apontam para a necessidade de uma abordagem mais holística e contextualizada das dificuldades de aprendizagem, levando em consideração não apenas fatores individuais, mas também contextos familiares, sociais e educacionais. Além disso, destacam a importância da formação contínua dos educadores e da colaboração interdisciplinar entre profissionais da educação e da saúde para garantir que o foco se direcione não apenas para os aspectos individuais das crianças, mas também para o ambiente escolar e a qualidade das práticas pedagógicas.
Publicado
2024-12-01