O ENSINO COLABORATIVO COMO POSSIBILIDADE DE CONTRIBUIR PARA A INCLUSÃO ESCOLAR
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo refletir sobre as possibilidades de inclusão escolar por meio do Ensino Colaborativo, cujo interesse surgiu da vontade de discutir a colaboração entre os profissionais do ensino comum e da Educação Especial, dentro da perspectiva da Educação Inclusiva. O trabalho foi de cunho teórico com base nas normativas sobre inclusão escolar, histórico da Educação Especial e a perspectiva vigente, com base nos estudos de Mendes (2006; 2010; 2017). Para compreender a pertinência do Ensino Colaborativo, nos apoiamos em Capellini e Zerbato. As leituras e reflexões realizadas sobre o tema nos levaram ao entendimento de que a implementação do Ensino Colaborativo deve ocorrer dentro da sala de aula comum. Embora as Salas de Recursos Multifuncionais sejam ferramentas importantes, elas não podem ser o único contato do aluno com o Atendimento Educacional Especializado (AEE), nem devem funcionar como um tipo de reforço separado do currículo regular do restante do grupo. É na sala de aula comum que as habilidades socioemocionais do aluno também são desenvolvidas e suas potencialidades reconhecidas. Como considerações, destaca-se a importância de envolver toda a equipe escolar e compreender o papel de cada professor nesse processo. O Ensino Colaborativo ocorre quando os dois professores atuam de forma plena e conjunta, compartilhando responsabilidades e criando estratégias para promover oportunidades de aprendizagem iguais para todos os alunos. A intervenção ou apoio pedagógico para auxílio de estudantes PAEE em sala comum realizado por estagiários ou por indivíduos sem formação adequada pode reforçar processos que contribuem para a exclusão, o que reforça a ideia de que o Ensino Colaborativo deve ser intencional, planejado e realizado por profissionais formados para tal.
Publicado
2024-12-02
Seção
ARTIGOS
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