Políticas Educacionais e Ilusões Pedagógicas
Abstract
Com o presente artigo abordamos, de uma maneira histórico-crítica e ontológica, ou seja, respaldada no conjunto do processo histórico real, algumas ilusões presentes na discussão educacional. Partimos da análise da educação enquanto dimensão indispensável do processo de autoconstrução humana. Nesse sentido, entendemos que a educação escolar, na presente sociedade, assume a forma privilegiada de acesso aos rudimentos dos conhecimentos elaborados. A função social do professor, de uma perspectiva humano-genérica, é contribuir com a transmissão e apropriação do saber elaborado numa orientação crítico-ontológica. Isto pressupõe a crítica às teorias educacionais e pedagogias que deturpam a objetividade perante parâmetros construídos autonomamente pela subjetividade. Confrontar as teorias educacionais, desse modo, com o movimento essencial da totalidade do real é tarefa indispensável do professor em face da gravidade da crise que vivemos. Com efeito, a defesa da atuação docente e da educação escolar a partir da tarefa em socializar o conhecimento clássico elaborado numa orientação crítica, se consubstancia em uma perspectiva humanista e histórica.