A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA ENQUANTO INSTRUMENTO DE GARANTIA DE PROCESSOS DIALÓGICOS E ACESSO CURRICULAR PARA CRIANÇAS QUE “NÃO FALAM”
Abstract
Este artigo tem como principal objetivo problematizar concepções de linguagem e de sujeito que possam garantir os processos dialógicos em ambiente escolar para crianças que “não falam”. De maneira específica, pretende-se discutir compreensões de deficiência que circulam nas formações e em produções científicas, argumentando em favor daquelas que mais se aproximam de uma perspectiva inclusiva. Pretendemos, também, discutir sobre os percursos iniciais e fundamentais de uso desses recursos para que as crianças que se comunicam por meio da fala possam participar das atividades e, consequentemente, acessar o currículo escolar. A apresentação do texto terá três focos: no primeiro, faremos uma discussão sobre os avanços do campo da Educação Especial, as concepções de deficiência e o processo de inclusão escolar; no segundo, comentaremos sobre os sujeitos com necessidades complexas de comunicação e seu lugar na escola. E, na terceira parte, comentaremos sobre o acesso curricular desses sujeitos a partir do uso de recursos de Comunicação Alternativa. Os argumentos expostos esclarecem a necessidade de se investir em acessibilidade atitudinal e deixam claro que esses recursos são os principais instrumentos capazes de garantir o direito à comunicação e promover a aquisição de linguagem no ambiente escolar e por se tratar de um conhecimento especializado exige um trabalho colaborativo.