Ética diminuta: Cortázar e Cacaso

  • Iza Gonçalves Quelhas UERJ

Résumé

A proposta deste trabalho é a de identificar relações de similitude, nas escolhas estéticas e políticas, de escritores de nacionalidade e geração distintas, Julio Cortázar (1914-1984) e Cacaso (1944-1987), tendo ambos vivido o período da ditadura, respectivamente, na Argentina e no Brasil. Esses escritores requisitam posicionamentos, mas não se restringem as doutrinas, reafirmam os elos entre literatura e vida numa aposta estética e política que refuta a melancolia e a vitimização.

Biographie de l'auteur

Iza Gonçalves Quelhas, UERJ
Professora Associada, com atuação nos cursos de Graduação e Pós-Graduação, na Faculdade de Formação de Professores da UERJ. Docente no ProfLetras (Mestrado Profissional em Letras). Desenvolve pesquisas nas áreas de Letras, Teoria Literária, Literatura Brasileira, Ensino de Literatura; História social, periódicos e literatura no século XIX.

Références

(“expatriação forçada ou voluntária, degredo”, séc. XVII, do lat. exilium”) (CUNHA, 1982, p. 342)

“desterro, expatriação ordenada pela justiça”, séc. XVI; do latim decretum ‘castigo, pena’)” (CUNHA, 1982, p. 244)

" (...) As culturas, é claro, têm seus ‘locais’. Porém, não é mais tão fácil dizer de onde elas se originam” (HALL, 2003, p. 36)

“Aperturas sobre el extrañamiento, instancias de una descolocación, desde la cual lo sólito cesa de ser tranquilizador porque nada es solito apenas se lo somete a un escrutinio sigiloso y sostenido” (CORTÁZAR, 1968, p. 25)

“por qué ese critério griego de verdade y de error?” (1963, p. 515)

"Escrever não é certamente impor uma forma (de expressão) a uma matéria vivida", para ele a literatura estaria ao "lado do informe, ou do inacabamento" (DELEUZE, 2011, p. 11)

"Escrever não é contar as próprias lembranças, suas viagens, seus amores e lutos, sonhos e fantasmas. Pecar por excesso de realidade ou de imaginação é a mesma coisa(...)" (Idem, p. 13)

“(...) não estava motivada pela consciência de pertencer objetivamente a uma fração prejudicada”(WOLFF, 1998, p. 67).

Publiée
2020-01-25
Rubrique
Artigos - Literatura, Estudos Comparados e Interartes