Reconhecimento de Funções Afim em seus Registros Gráfico e Algébrico: falsidades e ausências no processo de conversão

Resumo

O presente artigo faz um recorte da pesquisa intitulada "Conversão entre os registros de representação gráfico e algébrico da função afim: análise a partir da interpretação global de propriedades figurais", desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica da Universidade Federal de Pernambuco. Com aporte da Teoria dos Registros de Representação Semiótica, discute especificamente o reconhecimento da função afim em seu registro gráfico a partir de seu registro algébrico, e vice-versa, realizado por estudantes do Ensino Médio de duas escolas da rede pública de ensino. O método da pesquisa consistiu na análise de conteúdo de Bardin (2016), onde os dados passaram por uma pré-análise, selecionados de acordo com suas características comuns e em seguida codificados. Os resultados apontam que os estudantes apresentam dificuldades em identificar as variáveis visuais dos registros gráficos tais como, sentido da inclinação da reta e o ângulo formado com o eixo das abscissas e os seus respectivos valores. Também foi observado o desconhecimento dos estudantes no que diz respeito à relação existente entre a intersecção do traçado com o eixo das ordenadas e o valor do coeficiente linear presente no registro algébrico, como também utilizam como principal estratégia de conversão a abordagem ponto a ponto com tratamento na expressão algébrica.