Compreensões de Número Expressas por Professores que Ensinam Matemática no Ciclo de Alfabetização: convivência com números
Resumo
Neste artigo trazemos aspectos revelados por uma pesquisa de mestrado desenvolvida no período de 2013 a 2016 junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) – Campus Rio Claro. O objetivo da pesquisa foi investigar a compreensão da ideia de número expressa por professores que ensinam matemática no ciclo de alfabetização. Desenvolvida qualitativamente, com abordagem fenomenológica, a pesquisa expressa o diálogo tido com um grupo de professores de uma escola pública estadual localizada na zona norte da cidade de São Paulo (SP). A pesquisa revelou que, para os professores entrevistados, a experiência vivida se mostra significativa à compreensão de números e que os números fazem parte do cotidiano não apenas significando quantidade, mas também código. Tal compreensão abre possibilidades para discutirmos, por exemplo, a formação de professores para ensinar números, no contexto do ciclo de alfabetização.
Referências
BICUDO, M. A. V. O professor de Matemática nas escolas de 1.º e 2.º Graus. In: BICUDO, M. A. V. (Org.). Educação Matemática. 2 ed. São Paulo: Centauro, 2005. Cap. 2. p.45-58.
BICUDO, M. A. V. Filosofia da Educação Matemática segundo uma perspectiva fenomenológica. In: ______. (Org.). Filosofia da Educação Matemática: Fenomenologia, concepções, possibilidades didático-pedagógicas. São Paulo: Editora Unesp, 2010. Cap. 1. p.23-47.
BIGODE, A. J. L. Matemática e realidade. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica; Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: saberes matemáticos e outros campos do saber. Brasília: MEC, SEB, 2014a. p.6-7.
BIGODE, A. J. L. Os contextos. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica; Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: saberes matemáticos e outros campos do saber. Brasília: MEC, SEB, 2014b. p.8-11.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica; Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: apresentação. Brasília: MEC, SEB, 2014. 72p.
CEBOLA, G. Do número ao sentido de número. In: PONTE, J. P. e colaboradores (Orgs.). Atividades de investigação na aprendizagem da matemática e na formação de professores. Lisboa: Secção de Educação e Matemática da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, 2002. p.223-239.
DANYLUK, O. S. Um estudo sobre o significado da alfabetização matemática. 1988. 178f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Instituto de Geociência e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Rio Claro (SP), 1988.
DANYLUK, O. S. Alfabetização matemática: as primeiras manifestações da escrita infantil. Porto Alegre (RS): Ediupf, 1998. 240p.
FINI, M. I. Sobre a Pesquisa Qualitativa em Educação, que Tem a Fenomenologia como Suporte. In: BICUDO, M. A. V.; ESPOSITO, V. H. C. (Org.). A pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Piracicaba: Editora Unimep, 1994. Cap. 2. p.23-33.
FONSECA, M. C. F. R. Sobre a adoção do conceito de numeramento no desenvolvimento de pesquisas e práticas pedagógicas na educação matemática de jovens e adultos. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 9., 2007, Belo Horizonte. Diálogos entre a Pesquisa e a Prática Educativa. Recife: Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 2007. v.1. p.01-12.
FONSECA, M. C. F. R. Alfabetização matemática. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica; Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: apresentação. Brasília: MEC, SEB, 2014. p.26-31.
GALVÃO, E. S.; NACARATO, A. M. O letramento matemático e a resolução de problemas na Provinha Brasil. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v.7, n. 3, p.81-96, 2013. Disponível em: <http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/849/293>. Acesso em: 9 fev. 2015.
GARNICA, A. V. M. Algumas notas sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia. Interface, Botucatu, v.1, n.1, p.109 – 122, Ago 1997.
MACHADO, O. V. M. Pesquisa Qualitativa: Modalidade Fenômeno Situado. In: BICUDO, M. A. V.; ESPOSITO, V. H. C. (Org.). A pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Piracicaba: Editora Unimep, 1994. Cap. 3. p.35-46.
PAULO, R. M. A compreensão geométrica da criança: um estudo fenomenológico. 2001. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Instituto de Geociência e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Rio Claro (SP), 2001.
RAMOS, L. F. Conversa sobre números, ações e operações: uma proposta criativa para o ensino da matemática nos primeiros anos. São Paulo: Ática, 2009. 159p. (Educação em ação).
SANTOS, J. C. A. P. A ideia de número no ciclo de alfabetização matemática: O olhar do professor. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Instituto de Geociência e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Rio Claro (SP), 2016.
SKOVSMOSE, O. Educação crítica: incerteza, matemática, responsabilidade. Tradução de Maria Aparecida Viggiani Bicudo. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SPINILLO, A. G. Usos e funções do número em situações do cotidiano. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica; Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: Quantificação, Registros e Agrupamentos. Brasília: MEC, SEB, 2014. p.20-29.
TEIXEIRA, M. F. O Tempo vivido pelo alfabetizando adulto nas aulas de Matemática. 2005. 229f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociência e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Rio Claro (SP), 2005.