Quem é Esse Pokémon? Uma Análise do Jogo de Cartas Pokémon à Luz da Teoria dos Campos Conceituais
Resumo
Este artigo traz uma discussão sobre o potencial do universo ficcional de entretenimento Pokémon no âmbito educacional. Tal universo apresenta as características de uma obra transmidiática apresentadas por Jenkins (2009), dentre elas a capacidade de se expandir para diversas plataformas midiáticas, proporcionando múltiplas experiências de interação entre seus fãs. Partindo da premissa de que é possível utilizar alguns jogos, desenhos e quadrinhos em benefício da aprendizagem, nosso objetivo principal é discutir sobre as contribuições de um elemento deste universo, o jogo de cartas colecionáveis, sob a perspectiva da Educação Matemática, à luz da Teoria dos Campos Conceituais, de Gérard Vergnaud. Para este estudo, analisamos cinco baralhos de cartas Pokémon, nos quais algumas cartas apresentam situações-problema envolvendo as estruturas aditivas e multiplicativas. Após esta análise, foi possível reconhecer nos comandos de algumas das cartas do jogo situações-problema aditivas, do tipo transformação e multiplicativas do tipo proporção simples. Embora os problemas explorados nas cartas sejam especificamente de dois tipos, é necessário destacar a importância do jogo para o trabalho matemático. Ao desenvolverem o cálculo relacional e o cálculo numérico durante as partidas, os jogadores são estimulados a desenvolverem o raciocínio matemático.
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