Olhar sem os olhos e as Matrizes: conexões entre a educação matemática e a neurociência
Resumo
Este texto é um recorte de caminhos trilhados na formação inicial com o foco na neurociência aplicada à Educação Matemática, com ênfase nos Blocos de Luria aplicado a situações multivariadas de ensino e aprendizagem potencializando uma formação reflexiva para incluir cinco estudantes cegos em escolas do Ensino Médio no município de Rio Branco – AC. A pesquisa de doutorado, contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (FAPAC/CAPES) e foi desenvolvida no âmbito da Prática de Ensino de Matemática III (PEM III) e PEM IV com estudantes do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Acre. Trata-se de uma pesquisa-ação com ciclos de planejamento, ação e avaliação/reflexão. Como resultado salientamos a participação efetiva dos estudantes cegos nas aulas, um diálogo entre professores em formação contínua e inicial, construindo uma identidade docente com os desafios da inclusão, e Universidade e Escola.
Referências
ACRE. Governo do Estado do Acre. Secretaria de Estado de Educação e Esporte. Material Didático para as Escolas da Rede de Ensino: Nivelamento Matemática Ensino Médio. Guia do Professor. 2º ano. 2013. p. 1-31.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Secretaria de Estado de Educação. Série Cadernos de Orientação Curricular: Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Caderno 1 – Matemática. Rio Branco – Acre, 2010.
BANDEIRA, S. M. C. Olhar sem os olhos: cognição e aprendizagem em contextos de inclusão - estratégias e percalços na formação inicial de docentes de matemática. 2015. 489 p. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática). Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Mato Grosso - Cuiabá, 2015.
BRASIL. Resolução CNE/CP 1/2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília/DF, 2002.
COQUEREL, P. R. S. Neuropsicologia. Curitiba: Ibpex, 2011. (Série Psicologia em Sala de Aula).
COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DORNELES, C. M. A contribuição das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem do deficiente visual. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2007.
GAZZANIGA, M. S.; HEATHERTON, T. F. Ciência Psicológica: Mente, Cérebro e Comportamento. Tradução Maria Adriana Veríssimo Veronese. Reimpressão. Porto Alegre: Artmed, 2007.
IBIAPINA, I. M. L. de M. Pesquisa Colaborativa: Investigação, Formação e Produção de Conhecimentos. Brasília: Líber Livro editora, 2008.
MOSQUERA, C. F. F. Deficiência Visual na Escola Inclusiva. Curitiba: Ibpex, 2010.
OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento - Um processo sócio-histórico. 4 ed. São Paulo: Scipione, 1997. (Pensamento de ação no magistério).
PIMENTA, S. G. (Org). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2008.
STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Tradução de Anna Maria Luche, Roberto Galman; revisão técnica José Mauro Nunes. São Paulo: Cengage Learning, 2012.