As dimensões metalinguísticas de Não há nada lá, de Joca Reiners Terron

  • Lilian Rocha de Azevedo Universidade Federal de Rondônia
Palavras-chave: Não há nada lá, Joca Reiners Terron

Resumo

Este trabalho tem o objetivo de analisar como a obra Não há nada lá, de Joca Reiners Terron, configura-se em um discurso metalinguístico. Para tanto, utilizou-se como método uma análise que prezasse pelos elementos internos à obra. Não há nada lá é um romance que debate a si mesmo num discurso metalinguístico realizado de maneira múltipla. Primeiro, essa discussão dá-se pela inserção do tesseract e da quarta dimensão, originando uma ampliação dos limites do texto ficcional, que passa a incluir autor e leitor na obra, e que faz tempos e espaços distintos aparentemente transcorrem conjuntamente. Além disso, numa parodização do apocalipse bíblico, destaca-se o fim do romance, evidenciado pela estruturação do livro. Portanto, ao proclamar o fim do romance, Terron junta-se aos poetas louvados em seu texto, construindo também um tributo à literatura, pela invocação de escritores e artistas que representam a si mesmos, pela potencialização dos elementos que compõem a narrativa e pela discussão sobre o que é o livro.

Biografia do Autor

Lilian Rocha de Azevedo, Universidade Federal de Rondônia
Formada em Letras pela Universidade Federal de Rondônia. Foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Mapa Cultural - Centro Interdisciplinar de Estudos em Cultura e Artes. Atualmente, com bolsa financiada pela CAPES, cursa Mestrado em Estudos Literários na Universidade Federal de Rondônia.

Referências

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Publicado
2020-03-30