A Matemática nas escolas paroquiais luteranas gaúchas do século XX.
Resumo
Em 1900, o Sínodo de Missouri, hoje Igreja Evangélica Luterana do Brasil, iniciou missão nas colônias alemãs gaúchas, fundando congregações religiosas e escolas paroquiais. Tais escolas buscavam ensinar a língua materna, Matemática, valores culturais, sociais e religiosos. Nesse contexto, aborda-se a Matemática nas orientações pedagógicas e nas aritméticas das séries Ordem e Progresso e Concórdia, editadas pela Igreja Luterana, por meio da Casa Publicadora Concórdia de Porto Alegre, no século XX. A investigação está baseada no referencial da pesquisa histórica e do conceito de cultura escolar. As aritméticas analisadas priorizavam números naturais, frações, números decimais, sistemas de medidas, aritmética comercial e geometria prática. Destaca-se a construção do conceito de número de forma intuitiva, o desenvolvimento de habilidades para o cálculo escrito e mental e o uso do conhecimento formal da Matemática, com o objetivo de desenvolver conhecimentos úteis para vida dos alunos.
Referências
Certeau, M. (1982). A escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Chervel, A. (1990). História das disciplinas escolares – reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, (2), 177-229.
Goerl, O. A. [194-a]. Série Concórdia: Primeira Aritmética. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Goerl, O. A. [194-b]. Série Concórdia: Segunda Aritmética. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Julia, D. (2001). A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, (1), 9-43.
Kreutz, L. (1994). Material didático e currículo na escola teuto-brasileira. São Leopoldo: Ed. UNISINOS.
Kuhn, M. C. & Bayer, A. (2017a). A matemática nas escolas paroquiais luteranas gaúchas do século XX. Canoas: Ed. ULBRA.
Kuhn, M. C. & Bayer, A. (2017b). O contexto histórico das escolas paroquiais luteranas gaúchas do século XX. Canoas: Ed. ULBRA.
Lavaca, A. G. & Costa, D. A. (2016). A prova dos nove e o caso da “Arithmetica Primaria” de Cezar Pinheiro. REVEMAT – Revista Eletrônica de Educação Matemática, 11(1), p. 54-73.
Lemke, M. D. (2001). Os princípios da educação cristã luterana e a gestão de escolas confessionárias no contexto das ideias pedagógicas no sul do Brasil (1824 – 1997). Canoas: Ed. ULBRA.
Lindemann, J. C. W. (1888). Amerikanisch-Lutherische Schul-Praxis. Sant Louis: Lutherischer Concordia – Verlag.
Prost, A. (2008). Doze lições sobre a História. Belo Horizonte: Autêntica.
Série Concórdia: Segunda Aritmética. (1948). Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Série Concórdia: Terceira Aritmética. (1949). Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Série Ordem e Progresso: Terceira Arithmetica. [193-]. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Silva, C. M. S. (2015). A Regra de Ouro nos Livros Didáticos para Escolas Alemãs-Brasileiras. Acta Scientiae, 17(Ed. Especial), p. 41-59.
Strelow, F. [193-]. Série Ordem e Progresso: Primeira Aritmética. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Unsere Schule. (1933). Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia.
Valente, W. R. (2007). História da Educação Matemática: interrogações metodológicas. REVEMAT – Revista Eletrônica de Educação Matemática, 2(2), 28-49.
Valente, W. R. & Pinheiro, N. V. L. (2015). Chega de decorar a tabuada! – As cartas de Parker e a árvore do cálculo na ruptura de uma tradição. Educação Matemática em Revista - RS, 1(16), p. 22-37.
Weiduschadt, P. (2007). O Sínodo de Missouri e a educação pomerana em Pelotas e São Lourenço do Sul nas primeiras décadas do século XX: identidade e cultura escolar. Dissertação de Mestrado em Educação. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado