Nunca falo do que não admiro - Eneida Maria de Souza: amizade e política em crítica biográfia

  • Edgar Cézar Nolasco UFMS

Resumo

Nunca falo do que não admiro, esta frase de Derrida aparece no momento em que o filósofo fala da noção de herança.[1] Aqui, me pondo no lugar de herdeiro, escolhi falar da intelectual e crítica brasileira, além de amiga, Eneida Maria de Souza. E me ponho nesse lugar por entender que todos que começamos a estudar na pós-graduação, a ensinar e, por extensão, a pesquisar a partir da década de 90 no Brasil herdamos uma dívida para sempre nunca quitada com Eneida. Nesse sentido, este texto que se segue, no qual me deterei acerca da amizade e política em crítica biográfica, é a marca material de minha herança, de minha escolha crítica, de minha dívida e, por mais contraditório que possa parecer, de minha finitude.


[1] DERRIDA &ROUDINESCO. De que amanhã...diálogo, p. 14.

Biografia do Autor

Edgar Cézar Nolasco, UFMS
É Coordenador do NECC - Núcleo de Estudos Culturais Comparados, Editor-Presidente dos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS. Atualmente está desenvolvendo estágio de Pós-Doutorado no PACC na UFRJ. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1992), mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado em Literatura Comparada também pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Atualmente é professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação nível Mestrado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É Membro do GT de Literatura Comparada da ANPOLL. É membro do conselho editorial das Revistas - Papéis (UFMS) e RAÍDO - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras (UFGD). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Crítica Cultural, Estudos Culturais, Literatura Comparada, Crítica Local, Literatura Brasileira e Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: Crítica Cultural, Estudos Culturais, Paisagens Culturais, Literatura Comparada, Crítica Local, Clarice Lispector, Literatura Brasileira, Teoria Literária. 

Referências

ARROJO, Rosemary. Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de janeiro: imago Ed., 1993.

CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: crítica biográfica. Campo Grande, MS: Editora da UFMS, v.2, n.4, p.1-181, jul.dez. 2010.

CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: Silviano Santiago: uma homenagem. Campo Grande: Editora da UFMS, v 6, n. 11, jan. jun. 2014.

DERRIDA, Jacques. Espectros de Marx: o estado da dívida, o trabalho do luto e a nova internacional. Trad. de Anamaria Skiner. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

DERRIDA, Jacques. Torres de babel. Trad. de Junia Barreto. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.

DERRIDA, Jacques. Políticas da amizade. Trad. de Fernanda Bernardo. Porto: Campo das letras, 2003.

DERRIDA, Jacques. O Cartão-postal: de Sócrates a Freud e além. Trad. de Simone Perelson e Ana Valéria Lessa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

DERRIDA, Jacques. In: Revista de Cultura Margens/Márgenes, n.5, jul.-dez., 2004. p.12-17: “Estou em guerra contra mim mesmo”

DERRIDA, Jacques, ROUDINESCO, Elisabeth. De que amanhã...diálogo. Trad. de André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.

NOLASCO, Edgar Cézar. In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: crítica biográfica. Campo Grande, MS: Editora da UFMS, v.2, n.4, p.1-181, jul.dez. 2010. P.35- 50: Políticas da crítica biográfica

NOLASCO, Edgar Cézar. Perto do coração selbaje da crítica fronteriza. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.

ORTEGA, Francisco. Para uma política da amizade: Arendt, Derrida e Foucault. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.

SOUZA, Eneida Maria de. Notas sobre a crítica biográfica. In: Crítica cult. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. p.111-121.

SOUZA, Eneida Maria de. Janelas indiscretas: ensaios de crítica biográfica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

Publicado
2017-05-02