FORMANDO FORMADORES PARA A INTERDISCIPLINARIDADE: sutilezas do olhar
Abstract
O olhar mais sutil, percorrido em meio às reflexões interdisciplinares, com foco no I workshop “formando formadores para a interdisciplinaridade”, motivou este artigo. Esse evento foi estimulado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e promovido pela Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (PREG) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O nosso objetivo é contribuir com percepções sobre as metas da CAPES ao apontar a interdisciplinaridade como um possível caminho para superar a fragmentação do conhecimento existente no fomento às novas pesquisas e atitudes, diante dos diversos problemas relativos ao processo ensino e aprendizagem. Na abordagem desse tema valemo-nos dos diálogos realizados no Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares/PUC/SP, sob a orientação da professora Ivani Fazenda. Desafiadas a compreender a maneira como os professores da UFMS pensam a educação interdisciplinar em sua ação transformadora, nos propomos a desenvolver os estudos e discussões no Grupo de Estudos e Pesquisas em Formação Interdisciplinar de Professores da UFMS/Campus de Aquidauana. Com um olhar investigativo, acompanhamos a agenda do workshop, sob a coordenação da professora Edna Scremin Dias da Coordenadoria de Apoio à Formação de Professores, juntamente com as professoras Adriana da Silva Posso (UFMS/INQUI) e Vivina Dias Sol Queiroz (UFMS/CCHS). Durante os trabalhos visualizamos um panorama em que a comunidade científica discutiu sobre interdisciplinaridade e, muitos pontos se cruzaram num exercício de parcerias, subjacente às inquietações das pesquisadoras. Nesse processo investigativo, a voz de professores e gestores inscritos, traduz o desejo imanente de mudanças em suas atividades acadêmicas. Daí o evento ter sido, além de espaço de aprendizagem, local de troca de experiências, crenças, sonhos, frustrações e realizações, o lócus para desencadeamento de novos espaços de reflexões e ações. Quanto aos resultados, identificamos os anseios dos participantes por mudanças balizadoras no caminho, mas também revelam que há muito a ser feito para que se reconheça o universo teórico e metodológico que respalda a prática interdisciplinar. Enfim, buscamos desvelar parte do cenário em que se encontra a questão da interdisciplinaridade na formação dos formadores da UFMS para que, além das fronteiras internas, se amplie o diálogo junto aos formadores na busca por novos parâmetros de qualidade de ensino.
References
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