Professores refletem sobre misconceptions ligadas às estruturas multiplicativas

Resumen

Esta pesquisa investigou as reflexões de professoras sobre misconceptions em multiplicação e divisão durante um jogo estratégico. Sete docentes de Matemática dos anos iniciais, reunidas na escola, discutiram concepções equivocadas de alunos e professores ao operar com números racionais entre 0 e 1. A pesquisa qualitativa utilizou dados de registros escritos e gravações em vídeo e áudio. A fundamentação teórica baseou-se em estudos sobre reflexão prática e conhecimento docente. Os resultados mostraram que as professoras, inicialmente influenciadas pela crença de que multiplicação sempre aumenta e divisão sempre diminui, confrontaram-se com situações onde essas operações com números racionais entre 0 e 1 resultavam em respostas diferentes das esperadas. Durante o jogo, perceberam que suas próprias limitações em misconceptions de estruturas multiplicativas poderiam dificultar o ensino do tema. As discussões no grupo de estudos ampliaram o conhecimento das participantes sobre as misconceptions analisadas.

Biografía del autor/a

Helena do Carmo Borba Martins, Colégio Adventista da Liberdade

Mestre em Educação Matemática pela Unian

https://orcid.org/0000-0001-9894-3020

http://lattes.cnpq.br/9591739484369425

Angélica da Fontoura Garcia Silva, Universidade Anhanguera de São Paulo

Possui graduação em licenciatura em Matemática, doutora em Educação Matemática pelo Programa de Estudos Pós graduados em Educação Matemática da PUC-SP, mestre em Educação pelo Programa Educação: História Política e Sociedade da PUC-SP. Fez estágio de doutoramento Sandwich em 2006, na Escola Superior de Educação de Lisboa sob a supervisão da professora Maria de Lurdes Serrazina. Tem experiência na área de Educação, tendo participado também da Equipe Curricular e de Avaliação da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. É pesquisadora do Programa de Pós graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São Paulo- UNIAN, desde 2007. Desenvolve atividade de pesquisa sobre Formação de Professores, Currículo e Avaliação. Desenvolve estudos com professores que lecionam para os anos iniciais, inclusive, envolvendo a temática literatura infantil e matemática. 

Marta Élid Amorin, Universidade Federal de Sergipe

Doutora em Educação Matemática pela Unian- SP , professora da UFSE

https://orcid.org/0000-0001-5909-6228

Citas

Ball, D. L., Thames, M. H., & Phelps, G. (2008). Content knowledge for teaching: what makes it special? Journal of Teacher Education, 59(5), 389-407. https://www.math.ksu.edu/~bennett/onlinehw/qcenter/ballmkt.pdf
Bell, A., Fischbein, E., & Greer, B. (1984) Choice of operation in verbal arithmetic problems: the effects of number size, problem structure and context. Educational Studies in Mathematics, 15, 129-147.
Correia, D. S., Garcia Silva, A. F., & Galvão, M. E. E. L. (2020). Conhecimentos de professores sobre as estratégias mobilizadas por seus alunos ao resolverem situação envolvendo a ideia de cota na divisão. Em Teia, 11(1), 1-16. https://periodicos.ufpe.br/revistas/emteia/article/view/244122
Garcia Silva, A. F.; Duarte, A. R. S.; Miranda, M. S. (2017). OBEDUC: reflexões, aspectos teóricos e prática docente em um grupo de estudos. Crítica Educativa, 3(2), 144-158. https://www.criticaeducativa.ufscar.br/index.php/criticaeducativa/article/view/160
Grando, R. C. A. (2000). O conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas].
Marciliano, A. M. M. (2022). Conhecimentos de professores que estudam coletivamente sobre o ensino de medidas de comprimento nos anos iniciais [Dissertação de Mestrado, Universidade Anhanguera]. https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/45442/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado%20Angela%20-%20Ultima%20vers%C3%A3o.pdf
Martins, H. C. B. (2022). Ressignificação de conhecimentos profissionais de um grupo de professoras que ensinam Matemática sobre o Raciocínio Proporcional [Dissertação de Mestrado, Universidade Anhanguera]. https://repositorio.pgsscogna.com.br/bitstream/123456789/48614/1/Dissertacao%20Helena%2008_12-22%20final%20revisto%20angelica.pdf
Miranda, M. S. (2014). Uma investigação sobre a (re)construção do conhecimento de professores participantes de um grupo que estuda o campo conceitual aditivo [Dissertação de Mestrado, Universidade Anhanguera]. https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/3621/1/Mirtes%20de%20Souza%20Miranda.pdf
Miranda, M. S. (2019). Escola como espaço de (re)significação de conhecimentos matemáticos para o ensino: a constituição de um grupo que estuda o currículo e investiga a própria prática [Dissertação de Mestrado, Universidade Anhanguera]. https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/32031/1/TESE%20Mirtes%202019%20entregue%20sucupira.pdf
Schwartz, S. E., & Budd, D. (1981). Mathematics for handicapped learners: a functional approach for adolescents. Focus on Exceptional Children, 13(7), 1-12. https://pdfs.semanticscholar.org/2dcc/c89faf84d4627a4a47dd093a532f41132c41.pdf
Chang, T., Lee, W., Fu, H., Lin, Y., & Hsuech, H. (2007). A study of an augmented CPFR model for the 3C retail industry. Supply Chain Management: An International Journal, 12(3), 200-209. https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/13598540710742518/full/html
Kotler, P., & Keller, K. L. (2005). Administração de marketing (12a ed.). Prentice Hall.
Lima, E. C. P. (1997). Privatização e desempenho econômico: teoria e evidência empírica [Texto para discussão, Nº 532]. IPEA.
São Paulo. Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Oficina de Experiências Matemáticas: ciclos I e II. São Paulo: SE/CENP, 2008. http://educacao.assis.sp.gov.br/uploads/files/bibliografia_ps2012/experiencias_matematicas.pdf.
Segatto-Mendes, A. P. (2001). Teoria de agência aplicada à análise de relações entre os participantes dos processos de cooperação tecnológica universidade-empresa (Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo). http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-24012002-114443
Silva, A. B., & Pereira, A. A. (2004). Fatores de influência na gestão das empresas de pequeno e médio porte da grande Florianópolis/SC. XXVIII Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Curitiba, PR, Brasil.
Tanure, B., Evans P., & Cançado, V. L. (2010). As quatro faces de RH: analisando a performance da gestão de Recursos Humanos em empresas no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, 14(4), 594-614. http://www.anpad.org.br/periodicos/arq_pdf/a_1074.pdf
Zeichner, K. M. Uma análise crítica sobre a “Reflexão” como conceito estruturante na formação docente. Educação e Sociedade, Campinas, v. 29, n. 103, p. 535-554, maio/ago. 2008. https://www.scielo.br/j/es/a/bdDGnvvgjCzj336WkgYgSzq/?format=pdf&lang=pt
Publicado
2025-04-29
Cómo citar
DO CARMO BORBA MARTINS, H.; GARCIA SILVA, A. DA F.; AMORIN, M. ÉLID. Professores refletem sobre misconceptions ligadas às estruturas multiplicativas . Perspectivas da Educação Matemática, v. 18, n. 49, p. 1-19, 29 abr. 2025.