Professora, a aula é de Música ou Matemática?

  • Rogério Fernando Pires Universidade Federal de Uberlândia - UFU
  • Kathila Fletcher Camargos Franco Universidade Federal de Uberlândia - UFU
  • Juliana Dias de Moraes Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Palavras-chave: Música, Matemática, Registros de Representação Semiótica, Ensino de Música e Matemática

Resumo

Este trabalho apresenta e discuti à luz da Teoria dos Registros de Representação Semiótica os resultados de um estudo que teve por objetivo analisar as estratégias utilizadas por um grupo de estudantes ao trabalhar com frações no estudo de teoria musical. A pesquisa de cunho qualitativo contou com a participação de um grupo de estudantes da disciplina de teoria musical de uma escola de música localizada em Santa Vitória – Triângulo Mineiro. Os resultados mostram que apesar dos estudantes apresentarem dificuldade na marcação dos tempos e, consequentemente, na identificação da música descrita na partitura, a articulação das diferentes representações e as transformações de registros de representação, fez com que eles compreendessem os conceitos musicais e matemáticos envolvidos, o que permitiu que eles percebessem a estreita relação entre Música e Matemática e não fizessem distinção do que era Música e do que era Matemática no momento da realização das atividades.

Biografia do Autor

Rogério Fernando Pires, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Professor adjunto da Universidade Federal de Uberlândia.

Kathila Fletcher Camargos Franco, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Graduanda em Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Uberlândia

Juliana Dias de Moraes, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Professora de Física na Rede Estadual de Minas Gerais e Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Matemática da Universidade Federal de Uberlândia.

Referências

ABDOUNUR, O. J. Matemática e música: pensamento analógico na construção de significados. São Paulo: Escrituras Editora, 1999.
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. Tradução Maria João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto: Porto Editora, 1994.
CAMPBELL, L.; CAMPBELL, B.; DICKINSON, D. Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2000
DUVAL, R. Registros de representações semiótica e funcionamento cognitivo da compreensão matemática. In: MACHADO, S. D. A. (Org.). Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. Campinas: Papirus, 2003. p. 11-33.
_______. Semiósis e pensamento humano: registro semiótico e aprendizagens intelectuais. Trad.: Lênio Fernandes Levy e Marisa Rosâni Abreu da Silveira. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2009.
––––––. Ver e ensinar matemática de outra forma: entrar no modo matemático de pensar os registros de representação semiótica. In: CAMPOS, T. M. M. (Org.). Tradução de Marlene Alves Dias. São Paulo: Proem, 2011.
GARDNER, H. Estruturas da Mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre, Artmed, 1994
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MENEZES, F. Matemática dos Afetos: tratado de (re) composição musical. São Paulo: EDUSP, 2013
Publicado
2020-04-22
Como Citar
PIRES, R. F.; FRANCO, K. F. C.; MORAES, J. D. DE. Professora, a aula é de Música ou Matemática?. Perspectivas da Educação Matemática, v. 13, n. 31, p. 1-21, 22 abr. 2020.
Seção
Artigos (fluxo contínuo)