CRÍTICA E EMANCIPAÇÃO

Résumé

A teoria crítica é antes de mais uma crítica à modernidade, nomeadamente, aos seus ideais universais de razão, progresso e história concebida de forma universal e teleológica. Marx é o interlocutor sempre presente da teoria crítica, pois a crítica à modernidade começa com a crítica ao capitalismo que é temporalmente localizado, e hoje está na sua forma mais avançada. Por isso a teoria crítica se afirma como teoria histórica, por um lado, na medida em que apreende a evolução e contornos históricos das categorias centrais do capitalismo; e teoria social, que reflete sobre a organização social atual. Mas o que define, de fato, a teoria crítica? O que faz com que a teoria crítica seja, de fato, crítica, e como pensar a tarefa crítica hoje? Neste artigo queremos tentar responder a esta questão, a partir de um dialogo com Adorno e Horkheimer por um lado e Celikates e Jaeggi por outro.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Biographie de l'auteur

Marta Nunes da Costa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Possui doutorado em Ciência Política - New School for Social Research (2006) com uma tese intitulada 'Redefining Individuality - Reflections on Kant, Adorno and Foucault'. A sua tese foi publicada em 2011 pela Húmus Editora (Portugal). As suas áreas de especialização são Ética, História da Filosofia Política, Teorias da democracia e estudos feministas. É professora adjunta da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde ministra aulas de graduação do curso de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas, e aulas de pós-graduação no âmbito do Mestrado Profissional em Filosofia. É Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação de Filosofia da Unioeste. É professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação de Ensino de Ciências na UFMS. É líder do grupo de pesquisa "Grupo de Estudos Democráticos" (CNPQ). É presidente da Comissão de Ética. Atualmente desenvolve um projeto de pesquisa intitulado ?Direito à rebelião? Reflexões críticas a partir do legado da história da filosofia política?, com apoio do Cnpq.

Références

ADORNO, T.; Horkheimer, M. Dialectic of Enlightenment - Philosophical Fragments. California: Standford University Press, 2002.

CELIKATES, Robin. From Critical Social Theory to a Social Theory of Critique: on the Critique of Ideology after the Pragmatic Turn. Constellations, v.13, n.1, Malden/MA, pp. 21 – 40, 2006.

HORKHEIMER, M. Traditional and Critical Theory. Critical Theory – Selected Essays, Continuum Press, Nova Iorque, 1972.

JAEGGI, Rahel. Repensando a Ideologia. Civitas, v.8, n.1, Porto Alegre, pp.137-165, 2008.

LYOTARD, J.-F. The PostModern Condition: a Reporto n Knowledge. Trad. de Geoff Bennignton, University of Minnesota Press, 1984.

RENAULT, Emmanuel. A Critical Theory of Social Suffering. Critical Horizons, vol.11, n.2, pp.221-241, 2010.

Publiée
2018-09-17
Rubrique
Artigos