RETÓRICA E CERVANTES: uma leitura do romance Marcela e Grisóstomo

  • Eva Luzia Maria de Moura UFMS/CPAQ
  • Edelberto Pauli Júnior UFMS/CPAQ
Palavras-chave: Dom Quixote. Retórica. Marcela e Grisóstomo.

Resumo

Neste artigo, analisaremos a presença da retórica clássica, particularmente dos gêneros deliberativo, jurídico e demonstrativo, na composição textual dos capítulos XII, XIII e XIV da primeira parte da obra Don Quijote de Miguel de Cervantes. Além de estudar como os gêneros retóricos compõem a diversidade discursiva do texto de Cervantes, neste trabalho estudaremos também como o escritor se utiliza das onze tópicas de circunstância de pessoa, retiradas da retórica de Cíceron, para compor os personagens Marcela e Grisóstomo, protagonistas do romance. Ao retomar as preceptivas clássicas, objetivamos demonstrar como a retórica funcionou enquanto recurso discursivo para os autores ficcionais do século XVII, como Miguel de Cervantes, a fim de familiarizar os leitores atuais sobre uma parte de seu processo de composição textual.

Biografia do Autor

Eva Luzia Maria de Moura, UFMS/CPAQ
Acadêmica do sexto semestre do curso de Letras - Habilitação em Espanhol, do campus de Aquidauana (CPAQ-UFMS), Aquidauana, Mato Grosso do Sul, Brasil.
Edelberto Pauli Júnior, UFMS/CPAQ
Professor assistente do Departamento de Letras do Campus de Aquidauana (CPAQ-UFMS), Aquidauana, Mato Grosso do Sul, Brasil. Área de atuação Literaturas de Língua Espanhola

Referências

CERVANTES SAAVEDRA, M. de. El Ingenioso Don Quijote de la Mancha. Madri: Alba, 2002.

CÍCERON, M. T. La invención retórica. Tradução de Salvador Núñez. Madri: Gredos, 1997.

LÓPEZ GRIGERA, L. La retórica en la España del siglo de oro: teoría y práctica. Salamanca: Universidad, 1994.

Publicado
2015-12-31
Seção
ENSINO DE LÍNGUAS, SEMIÓTICA, SEMÂNTICA, SINTAXE - ARTIGOS