Etnomatemática Direcionada ao Ensino de Estudantes com Paralisia Cerebral

Abstract

This article addresses the issue of Cerebral Palsy and the different ways of mathematizing. The
objective is to reflect and discuss, from an Ethnomathematic approach, the ways of mathematizing,
the different strategies used by students with Cerebral Palsy and the recognition of these ways by the
teacher. This is a theoretical essay that discusses and articulates the different perspectives of authors
considered pillars in some of the themes: inclusion; Cerebral Palsy; diversity; equity; alterity;
Ethnomathematics. The confluences show that there are different forms of communication in
Mathematics and that some of them should be used more by students with Cerebral Palsy, since
mathematical writing is not accessible to everyone. In this sense, an Ethnomathematics approach is
suitable for bringing to light and valuing the different strategies created by students who have motor
limitations, favoring Humanistic Mathematics. Ethnomathematics, through the counter-conduct
movement, challenges some of the structural bases of the academic field of Mathematics, and inspires
the need to rethink the ways of teaching and learning, resizing the established educational perspective
and associating itself with the emergence of more inclusive schools. It is articulated throughout the
text, including the differences between integration and inclusion, pointing out that it is not enough to
just integrate the student into the school institution, for inclusion to effectively occur, the school needs
to adapt to receive the student, proposing actions aimed at improvements of accessibility, breaking
ableist paradigms, achieving equal opportunities for all, respecting the equity process, consequently
promoting cultural and social otherness.

Author Biographies

Fabricia Souza Nazário, PUCRS

Mestranda em Educação;

Pós graduada em Administração de Empresas

Graduada em Administração de Empresas

Isabel Cristina Machado de Lara, PUC RS
Pós-Doutoramento (Educação em Ciências e Matemática) Educação, Doutorado (Educação) Educação

References

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 12
jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília:
MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa com paralisia
cerebral. Brasília: 2013. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Educação é a Base. Brasília: MEC, 2023. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 10. novembro. 2023.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90. São Paulo, Atlas,
1991.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. LDBEN: Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Brasília, 23 dez. 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em julho de 2023.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e
pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 99-120, 2005.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade.
ed. 3. reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da
língua portuguesa.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: RABINOW, P.; DREYFUS, H. Michel
Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica.
Trad. Vera Porto Carrero. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
17
Perspectivas da Educação Matemática – INMA/UFMS – v. 14, n. 34 – Ano 2021
GUERRA, Miguel Ángel Santos (2008). El Lecho de Procusto: la organización como
escenario y requisito para la diversidad. T.E., 294, 9-12. Recuperado de
http://www.murcia.ccoo.es
LARA, Isabel Cristina Machado de. Formas de vida e jogos de linguagem: a
Etnomatemática como método de pesquisa e de ensino. Com a Palavra o Professor,
Vitória da Conquista, v.4, n.9, p. 36 - 54, maio/ago.2019.
LUBECK, Marcos; DONDA RODRIGUES, Thiago. Incluir é Melhor que Integrar: uma
concepção da Educação Etnomatemática e da Educação Inclusiva. Revista
Latinoamericana de Etnomatemática, vol. 6, núm. 2, junio-septiembre, 2013, pp. 8-
23.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér (2009). O Direito à Diferença, na Igualdade de
Direitos. Bengala Legal, 1-14. Recuperado de http://www.bengalalegal.com
MARANHÃO, Március Vinícius M. Anestesia e Paralisia Cerebral. Revista Brasileira
de Anestesiologia, Rio de Janeiro, v. 55, n. 6, p. 68-702, Nov/Dez. 2005. Disponível
em: < http://www.scielo.br/pdf/rba/v55n6/v55n6a12.pdf >. Acesso em: 04 nov. 2023.
MORA, Francisco. Como funciona o cérebro. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MRE – MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável. 2016. Disponível em:
. Acesso em: novembro
de 2023. MORA, Francisco. Como funciona o cérebro. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MORSCH TELEMEDICINA; CID G 80-Paralisia Cerebral (Transtorno Neurológico de
Desenvolvimento);2022; “Disponível em:
”; Acesso em:
novembro de 2023.
RIBEIRO, Dilson Ferreira et al. O ensino da Matemática para pessoas com paralisia
cerebral: uma análise de ações pedagógicas na Educação Básica. 2020.
ROTTA, Newra Tellechea. Paralisia cerebral, novas perspectivas terapêuticas.
Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, Vol. 78, n.1 , p.48-54, 2002. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/jped/v78s1/v78n7a08.pdf>. Acesso em: novembro de 2023.
ROTTA, Newra Tellechea. Plasticidade Cerebral e Aprendizagem: Abordagem
Multidisciplinar. Porto Alegre: ArtMed, 2018. Teia.
SANTANA, Monique Souza. Realidade Virtual Frente ao Tratamento de Crianças
com Encefalopatia Crônica Não Progressiva: revisão integrativa. UniAGES: Centro
Universitário Bacharelado em Fisioterapia. 2021.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3.ed.
Rio de Janeiro: WVA, 1999.
SCANDIUZZI, Pedro Paulo (2008). Formação de Professores de Matemática: a
inclusão cultural no espaço escolar. En M. A. Granville (Ed.). Sala de Aula: ensino e
aprendizagem (pp. 283300). Campinas: Papirus. SOUZA, Luiz Paulo. Revista Veja.
Os Primeiros resultados do projeto que investiga mistérios do cérebro. Disponível
em: https://veja.abril.com.br/ciencia/os-primeirosresultados-e-decepcoes-do-projetoque-rastreia-o-cerebro. Acesso em: 20 nov. 2023.
18
Perspectivas da Educação Matemática – INMA/UFMS – v. 14, n. 34 – Ano 2021
VERGANI, Teresa. Excrementos do Sol: a propósito de diversidades culturais.
Lisboa: Pandora. 1995.
VERGANI, Teresa. A Criatividade como Destino: transdisciplinaridade, cultura e
educação. São Paulo: Livraria da Física. 2009.
VERGANI, Teresa. Educação Etnomatemática: o que é? Lisboa: Pandora Edições,
2000.
Published
2025-08-06
How to Cite
SOUZA NAZÁRIO, F.; MACHADO DE LARA, I. C. Etnomatemática Direcionada ao Ensino de Estudantes com Paralisia Cerebral. Perspectivas da Educação Matemática, v. 18, n. 50, p. 18, 6 Aug. 2025.