Madame para uns, Satã para outros
uma leitura do corpo marginal em Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz
Resumo
Os grupos hegemonicamente instalados na sociedade brasileira têm definido o que é aceitável para si e para os demais indivíduos, como a branquitude, a riqueza, a heterossexualidade, a cisgeneridade. Houve/há, porém, sujeitos que não possuem tais características e que, por isso, têm sido marginalizados, excluídos, violentados. E cada um responde e/ou resiste de alguma maneira a isso. Madame Satã foi um sujeito plural, complexo e ambíguo, de muitas características (negro, pobre, homossexual e malandro), sendo um sujeito observável aqui por um viés interseccional. O filme Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, é aqui utilizado como fonte e objeto para realizar a análise deste embate entre o os setores hegemônicos de nossa sociedade e o sujeito desviante.
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Referências
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