Escola rural paulista da metade do século XX: sobre subversões necessárias

  • Maria Ednéia Martins-Salandim Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Resumo

Neste artigo apresentamos a escola rural paulista das cercanias dos anos 1960 como um exemplo de subversão necessária para sua existência e sobrevivência, dadas as condições nas quais foram implantadas. Embora implantada com estrutura e proposta equivalente à de outras escolas de ensino primário da época – com carteiras, lousa, séries, programa de conteúdos por séries, provas, aprovação ou reprovação etc - nas zonas rurais paulista, neste período, via de regra, prevaleceu o modelo de escola isolada, subordinada a um grupo escolar urbano, com classes multiseriadas contemplando duas ou três turmas e professores acumulando atividades administrativas, residindo na ou próximo à escola. Frente a estas adversidades, algumas próprias da escola rural e outras de toda escola isolada, a escola rural não surge como uma proposta de escola insubordinada ou subversiva, mas precisa subverter para que se efetive como uma política de expansão e oferecimento de ensino primários em zonas rurais. Tais percepções nos foram possíveis, principalmente, a partir de narrativas de experiências de professores, estudantes e outros profissionais que vivenciaram estas escolas.
Como Citar
Martins-Salandim, M. E. (1). Escola rural paulista da metade do século XX: sobre subversões necessárias. Anais Do ENAPHEM - Encontro Nacional De Pesquisa Em História Da Educação Matemática, (3). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/ENAPHEM/article/view/6136
Seção
Mesas redondas - submetidas