Escola rural paulista da metade do século XX: sobre subversões necessárias
Resumo
Neste artigo apresentamos a escola rural paulista das cercanias dos anos 1960 como um exemplo de subversão necessária para sua existência e sobrevivência, dadas as condições nas quais foram implantadas. Embora implantada com estrutura e proposta equivalente à de outras escolas de ensino primário da época – com carteiras, lousa, séries, programa de conteúdos por séries, provas, aprovação ou reprovação etc - nas zonas rurais paulista, neste período, via de regra, prevaleceu o modelo de escola isolada, subordinada a um grupo escolar urbano, com classes multiseriadas contemplando duas ou três turmas e professores acumulando atividades administrativas, residindo na ou próximo à escola. Frente a estas adversidades, algumas próprias da escola rural e outras de toda escola isolada, a escola rural não surge como uma proposta de escola insubordinada ou subversiva, mas precisa subverter para que se efetive como uma política de expansão e oferecimento de ensino primários em zonas rurais. Tais percepções nos foram possíveis, principalmente, a partir de narrativas de experiências de professores, estudantes e outros profissionais que vivenciaram estas escolas.1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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