A (In)visibilidade da Creche na Formação do Pedagogo - O Lugar da Criança de 0 a 3 anos no Currículo do Curso de Pedagogia
Resumo
O debate em torno da formação de professores para a educação das crianças de 0 a 3 anos vem crescendo desde a inserção da Educação Infantil na educação básica com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LBD), Lei nº 9.394/96. O objetivo central desse estudo foi analisar os currículos do curso de Pedagogia da UESPI/Picos, de sua criação aos dias atuais, em busca da (in)visibilidade das crianças de zero a três anos na formação do pedagogo. Trata-se de uma pesquisa documental, tendo como instrumento de estudo as matrizes curriculares do curso de Pedagogia de Picos e suas ementas, de 2004 aos dias atuais. Este estudo dialoga com autores como com Brasil (1996), Barbosa (2013), Santos (2014), Simões e Garcia (2018), Brandt e Hobold (2019), dentre outros. Foram analisados o currículo 01 do PPC/2004; o 14 do PCC/2009 e o 22 do PPC/2017, ainda em vigência. Neles, analisou-se o fluxograma e as ementas das disciplinas com a denominação Educação Infantil em seus títulos. Conclui-se que há uma invisibilidade da creche na formação do pedagogo e isso pode estar relacionado com a concepção de criança e infância que permeia o imaginário dos formuladores das propostas de formação de professores, embora tenhamos um vasto arcabouço documental que coloca os bebês como sujeitos de direitos. Essa lacuna sugere que ela é fruto do histórico de dicotomias que marca a trajetória do curso o que reforça a necessidade de a UESPI debater o assunto nas reformulações futuras do currículo de Pedagogia.
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