A LINHA DO TEMPO-MEMÓRIA COMO NARRATIVA (AUTO)BIOGRÁFICA NA UNIVERSIDADE
Resumo
Esta pesquisa parte do seguinte questionamento: a experiência formadora e a (auto)biografia têm sido validadas como práticas pedagógicas na universidade? Neste viés, o principal objetivo foi descrever e analisar a narrativa (auto)biográfica discente, realizada através da Linha do Tempo-Memória como prática pedagógica no ensino superior no curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Para isso, é preciso compreender que a Linha do Tempo, atividade lúdico-subjetiva, pode ser caracterizada como um dispositivo de narrativa de escuta (auto)biográfica discente e como prática pedagógica docente na universidade, dentro de um movimento dialético-dialógico. Esta prática educativa, que evoca a memória da infância vivida de forma dialógica e intersubjetiva, desvia-se da racionalidade instrumental positivista. Isto provoca, pois, uma reflexão sobre a relevância da dimensão subjetiva na formação da identidade profissional a fim de que a universidade conheça seus discentes e construa pontes, proporcionando, consequentemente, que a relação experiencial seja considerada relevante na construção da formação humana e acadêmico-profissional dos/as universitários/as. Portanto, trata-se de uma perspectiva subjetiva e política, que nos faz ver a necessidade da transformação social, tão desejada pela Pedagogia progressista libertadora, através da consciência crítica.