Stand up comedy, tradução intersemiótica e intertextualidade
Resumen
O presente artigo busca explorar a multifacetada natureza do stand-up comedy, considerando elementos de tradução intersemiótica, intertextualidade e teorias de diversos autores, como Lawrence Mintz (1985, 2005), Cleise Furtando Mendes (1996), Ian Brodie (2008) e Patricia Nedelea (2020), que contribuem para a compreensão do stand-up, destacando a importância dos comediantes e da audiência na criação da experiência cômica. Lars Elleström (2017), Leo Hoek (2006), Claus Clüver (2006), Julio Plaza (2010) ressaltam como a tradução intersemiótica enriquece esta forma de arte e, por fim, a partir da leitura de Julia Kristeva (2005) e Tiphaine Samoyault (2008) sobre a intertextualidade, revela-se como os comediantes usam o humor para expressar e refletir sobre a realidade, e como eles se engajam com várias fontes culturais. Como prelúdio desse trabalho, destacamos a riqueza e a profundidade da comédia stand-up como uma forma de arte dramática e intermidiática, reiterando seu valor tanto como entretenimento quanto como meio de expressão e comentário social.
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