Utopia e distopias no século XXI e pós-modernismo
Resumen
Buscamos aqui promover reflexões sobre os conceitos de utopia e distopia, considerando as suas apropriações filosóficas e literárias ao longo da história. Destaca-se o que se considera como a virada distópica, apontando para a profusão de obras distópicas nas primeira e segunda décadas do século XXI, indicativo da permanência do espírito distópico do século anterior, fruto de uma profunda descrença no progresso social humano que seria promovido pelo desenvolvimento científico e tecnológico. Fazemos aqui, contrapondo-se em certa medida ao paradigma pós-moderno, uma defesa do pensamento racional enquanto instrumento para a compreensão do homem e sua sociedade em um contexto em que o sujeito se vê alheio a uma perspectiva emancipatória – à utopia.
Citas
AHMAD, Aijaz, On Post Modernism. The Marxist, vol. XXVII 1, Janeiro-Março, 2011.
ALEXANDER, Jeffrey C. Between progress and apocalypse: social theory and the dream of reason in the twentieth century. In: ALEXANDER, Jeffrey C.;
SZTOMPKA, Piotr (Orgs.). Rethinking progress: movements, forces, and ideas at the end of the 20th century. Boston: Unwin Hyman, 1990.
BLOCH, Ernst. O princípio esperança. Vol. 1. Tradução de Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ: Contraponto, 2005.
BOOKER, M. Keith. The dystopian impulse in modern literature: fiction as social criticism. Westport, Conn: Greenwood Press, 1994.
CARNEIRO, Raquel. O mundo cruel (e rentável) da distopia infanto-juvenil. Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/o-mundo-cruel-erentavel-da-distopia-infantojuvenil. Acesso em 21 de setembro de 2014.
CASTORIADIS, Cornelius. As encruzilhadas do labirinto, III: o mundo fragmentado. Tradução de Rosa Maria Boaventura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. a 82 81
CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização.Tradução de Angela M. S. Corrêa e Ida Lúcia Machado. São Paulo, SP: Contexto, 2008.
DAVIS, J. C. Science and utopia: the history of a dilemma. In: MENDELSOHN, Everett; NOWOTNY, Helga (Orgs.). Nineteen eighty-four: science between utopia and dystopia. Dordrecht: D. Reidel Pub. Co., 1984.
FEENBERG, Andrew. Alternative modernity: the technical turn in philosophy and social theory. Berkeley: University of California Press, 1995.
FITTING, Peter. Utopia, dystopia and science fiction. In: CLAEYS, Gregory (Org.). The Cambridge companion to utopian literature. Cambridge ; New York: Cambridge University Press, 2010.
JACOBY, Russel. Imagem imperfeita: pensamento utópico para uma época antiutópica. Tradução de Carolina de Melo Bonfim Araújo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991.Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado contribuição à semântica dos tempos históricos. Tradução de Wilma Patrícia Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
KUMAR, Krishan.The End of Socialism? The End of Utopia? The End of History? In: KUMAR, Krishan; BANN, Stephen (Orgs.). Utopias and the millennium. London: Reaktion Books, 1993.
LAURIOLA, Rosanna. Os gregos e a utopia: uma visão panorâmica através da literatura grega antiga. Tradução de Eva. P. Bueno. Revista Espaço Acadêmico, nº 97, p. 92-108, junho de 2009.
LIMA, Carlos. Genealogia dialética da utopia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008.
LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. Tradução de Mario Vilela. São Paulo: Barcarolla, 2004.
LYOTARD, Jean François. O pós-moderno. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
MEINZER, Kristen. Why is Teen Dystopian Literature on the Rise? Disponível em http://www.thetakeaway.org/story/108890-teen-dystopian-literature-risewhy/. Acesso em 21 de setembro de 2014.
MILLER, Laura. Fresh Hell – What’s behind the boom in dystopian fiction for young readers? Disponível em http://www.newyorker.com/magazine/2010/06/14/fresh-hell-2. Acesso em 21 de setembro de 2014.
SANTOS, Jair Ferreira dos. O que é pós-moderno. São Paulo (SP): Brasiliense, 2008.
SARNER, Lauren. Dystopian fiction, and its appeal: Why do apocalyptic portrayals of existence dominate teen shelves? Disponível em http://www.nydailynews.com/blogs/pageviews/dystopian-fiction-appealapocalyptic-portrayals-existence-dominate-teen-shelves-blog-entry-1.1640750. Acesso em 21 de setembro de 2014.
SOKAL, Alan &BRICMONT, Jean. Fashionable nonsense: postmodern intellectuals’ abuse of science. New York: Picador USA, 1998.
TOURAINE, Alain. Crítica da modernidade. Tradução de Elia Ferreira Edel. Petropolis: Vozes, 1994.
VIEIRA, Fátima. The concept of utopia. In: CLAEYS, Gregory (Org.). The Cambridge companion to utopian literature. Cambridge ; New York: Cambridge University Press, 2010.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.