Inclusão digital e educação permanente de idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade: uma discussão sobre a longevidade, o empoderamento e a tecnologia
Resumen
O presente artigo tem como objetivo analisar como a inclusão digital e a inserção nesta nova linguagem tecnológica pode contribuir no empoderamento do idoso. Deste modo, lançou-se mão de reflexões frente às propostas pedagógicas das Universidades Abertas da Terceira Idade (UATIs), considerando possibilidades de inserção digital. Para análise, propõe-se a investigação iniciando pelas ações de educação permanente, no retorno do idoso aos estudos e as possibilidades de reflexão sobre a sua vida, desenvolvendo novas potencialidades e ampliando suas habilidades, reestabelecendo, também, novos sentidos à vida. Neste sentido, foi procurado compreender o espaço do idoso na sociedade contemporânea, defendendo que as novas aprendizagens e a aquisição de suas diferentes linguagens podem contribuir para inserção do idoso na sociedade tecnológica, a qual está em constante movimento. A proposta metodológica partiu das atividades interdisciplinares desenvolvidas nas oficinas pedagógicas da UATI vinculada a Universidade do Centro Oeste (UNICENTRO) do Campus localizado no município de Irati no Estado do Paraná. Foram analisados dez participantes da oficina de Redes Sociais, dentre eles três homens e sete mulheres. A oficina foi desenvolvida no ano de 2017, no período de três meses. Dentre as constatações, foi possível detectar os aspectos determinantes apontados por Silva (2010) para a inclusão digital dos idosos e as potencialidades educacionais instigadas neste processo. Deste modo, entende-se que, no percurso da aquisição da linguagem tecnológica, há o empoderamento do idoso diante das suas potencialidades desenvolvidas
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