Luta pela terra e território: mulheres camponesas e os desafios na construção do Assentamento Oziel Alves, Porto Franco, Maranhão

Resumo

O presente trabalho aborda os desafios das mulheres camponesas na luta pela terra e pelo território no município de Porto Franco, no Maranhão, buscando analisar como ocorreu a participação das mulheres nessa luta. A metodologia utilizada consistiu na abordagem qualitativa por meio de pesquisa de campo e entrevistas semiestruturadas, realizadas durante o período de 2018 a 2020 para o trabalho de conclusão de curso (TCC) da autora 1. Os resultados obtidos apontaram para a participação das mulheres nos núcleos de base (NBs) que fazem parte da organicidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), e nas assembleias que tratam de temas e demandas das ações e estratégias da luta pelo assentamento no período do acampamento. Também foi observada a atuação das mulheres na associação do assentamento, nos cuidados com as crianças e suas famílias, sobretudo na produção de hortas e ervas medicinais, nos quintais produtivos, depois de assentadas. Após alguns anos, o assentamento Oziel Alves produziu territorialidades e, atualmente, compõe o processo de territorialização do MST-MA.

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Biografia do Autor

Alessandra da Conceição Morais, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestranda em Estudos de Cultura e Território na Universidade Federal do Tocantins (UFT). E-mail: sandramorais0695@gmail.com.

Rejane Cleide Medeiros de Almeida, Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professora do curso de Educação do Campo: Artes e Música, e do Programa de estudos em Cultura e Território (PPGCULT), da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). E-mail: rejmedeiros@uft.edu.br.

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Publicado
2021-12-15
Como Citar
da Conceição Morais, A., & Medeiros de Almeida, R. C. (2021). Luta pela terra e território: mulheres camponesas e os desafios na construção do Assentamento Oziel Alves, Porto Franco, Maranhão. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 8(18), 261-275. https://doi.org/10.55028/pdres.v8i18.13295