Mecanismos de poder na escola: formação de subjetividades padronizadas

Resumo

Esta reflexão tem como premissa identificar enunciações nas discussões acerca dos mecanismos de poder presentes na escola os quais contribuem na formação de subjetividades que irão contribuir para a normalização da sociedade neoliberal. Para tanto, a pesquisa recorre às ferramentas compostas pela concepção teórica de Michel Foucault para analisar investigações oriundas das instituições escolares. Desse modo, utilizou-se como recurso metodológico a revisão de literatura em bases de dados que reúnem investigações científicas. As pesquisas revelam interesses subjacentes na formação de subjetividades, onde as relações de saber são materializadas por mecanismos de poder compostos por dispositivos de vigilância e controle, os quais permitem moldar comportamentos, pensamentos e posicionamentos. Assim, a escola tem desempenhado um papel fundamental na perpetuação do status quo da sociedade, responsável em incorporar e disseminar de forma natural o discurso neoliberal por uma forma peculiar de poder, a governamentalidade.

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Biografia do Autor

Fabiana Leifeld, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Possui pós-graduação lato sensu em Educação Física Escolar pela Universidade Gama Filho. Professora de Educação Física da Educação Básica no ensino público em Carambeí/PR. Possui Segunda Licenciatura em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional UNINTER. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar (GEPEFE/UEPG/CNPq). Atua na educação a distância desde 2009.

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Publicado
2022-11-11
Como Citar
Leifeld, F. (2022). Mecanismos de poder na escola: formação de subjetividades padronizadas. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 9(21), 140-150. https://doi.org/10.55028/pdres.v9i21.15894