Necessidades Produtivas e Exigências de Formação: a losoa no currículo escolar do ensino médio
Resumo
A disciplina de Filosofia não teve presença constante no currículo da Educação Básica ao longo da história da educação brasileira. Essa inconstância foi o motivo que desencadeou a necessidade de realização de uma investigação sobre os fatores que determinam sua inclusão/exclusão no Ensino Médio Brasileiro. A pesquisa foi realizada mediante um estudo bibliográfico e documental a fim de analisar a constituição histórica da disciplina de Filosofia nesse nível de ensino. O período de delimitação da pesquisa foi do Brasil Colônia à inserção do Brasil no contexto político-econômico neoliberal. O estudo revelou que a oscilação da presença da Filosofia nos currículos das escolas brasileiras foi influenciada pelas necessidades do setor produtivo, conforme as exigências de formação que se gestaram no interior do sistema econômico.
Downloads
Referências
ALVES, D. J. A Filosofia no Ensino Médio: ambiguidades e contradições na LDB. Campinas: Autoresassociados, 2002.
Brasil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996.
CARMINATI, C. J. O ensino de Filosofia no II grau: do seu afastamento ao movimento pela sua reintrodução (A Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficos – SEAF). Dissertação (Mestrado) – Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, 1997.
CORIAT, B. O. Taylorismo e a Expropriação do Saber Operário. In: PIMENTEL, Duarte et al. (Orgs.). Sociologia do Trabalho. Lisboa: A regra do jogo, 1985.
DELORS, J. et al. Educação um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da comissão internacional sobre a educação para o século XXI. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 1996.
GALUCH, M. T. B.; PALANGANA, I. C. Experiência, Cultura e Formação no Contexto das Relações de Produção Capitalistas. Intermeio (UFMS), v. 14, n. 28, p. 71-87, 2008. Disponível em: http:// www.intermeio.ufms.br/revistas/intermeio28.html Acesso em 20 dez. 2012.
GENTILI, P. Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. In: LOMBARDI, J.C., SAVIANI, D. e SANFELICE, J.L. (Orgs.), Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados, 2002, p. 45-59.
HARVEY, D. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 1992.
HORN, G. B. Por uma mediação praxiológica do saber filosófico no Ensino Médio: análise e proposição a partir da experiência paranaense. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
LEONEL, Z. Tendência atual da História da Educação. In: Educação em Debate: perspectivas, abordagens e historiografia. Campinas: Autores associados, 2007.
LIMA, M. A. C. A prática de ensino de Filosofia num contexto de reestruturação capitalista: construção de uma experiência problematizadora com o ensino. Tese (Doutorado) – Programa de Pós- -graduação em Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2005.
MENDES, A. A. P. A construção do lugar da Filosofia no currículo do Ensino Médio: análise a partir da compreensão dos professores de Filosofia da escola pública paranaense. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná, Paraná, Curitiba, 2008.
SAVIANI, D. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. 2005. Disponível em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br Acesso em 18 jan. 2011.
SEVERINO, A. J. Educação, Ideologia e Contra-Ideologia. São Paulo: EPU, 1986.
SFORNI, M. S. de F. Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade. Araraquara: Junqueira & Marin Editora, 2004.
SHIROMA, E. O.; MORAES, M. C. M. de; EVANGELISTA, O. Política educacional. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
SOUZA, S. M. R. Por que Filosofia? — uma abordagem histórico-didática do ensino de Filosofia no 2º grau. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992.