A relação da pessoa com impedimento auditivo com a música

  • Fátima Cristina Andrade da Silva Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0002-9188-8724
  • Ruth Maria Mariani Braz Curso de mestrado profissional em diversidade e Inclusão (CMPDI/UFF).

Resumo

Os ouvintes apreciam a música, refletem sobre suas letras, porém, como funciona a percepção musical para pessoas com impedimento auditivo? O objetivo desse artigo é realizar uma revisão bibliográfica narrativa quanto à sinestesia da pessoa com impedimento auditivo em relação a música e analisar como estas pessoas processam essas informações vibratórias, que contribuem também para a sua socialização. Este artigo é o resultado de uma pesquisa bibliográfica narrativa sobre a sinestesia destas pessoas em relação a música. Usamos uma metodologia exploratória qualitativa através dos textos atuais que estão disponíveis nas bases científicas. Verificamos que estímulos são interpretados pelo cérebro como visão, ou tato, mas todos tem a mesma natureza biológica: todos são pulsos elétricos que caminham por nervos e chegam ao cérebro. Constatamos que existem facilitadores à percepção que permite que a pessoa com impedimento auditivo possa apreciar a música, como por exemplo o uso de Subwoofers, que é um tipo de alto-falante específico para a reprodução de frequências baixas, que são as responsáveis pelos sons mais graves, cobrindo frequências que vão de 20 a 200 Hz e que auxiliam a sensação vibratória. Assim, concluímos que a musicalidade é uma experiência humana, não é atributo exclusivo de indivíduos ouvintes.

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Biografia do Autor

Fátima Cristina Andrade da Silva, Universidade Federal Fluminense

Docente Orientadora Voluntária do Projeto de Residência Pedagógica de Alfabetização - CAPES, Mestre Profissional em Diversidade e Inclusão pela Universidade Federal Fluminense, especialização em Educação Especial na Área de Deficiência Auditiva pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, bacharelados em Ciência da Computação, pelo Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos, licenciaturas plena em Informática pela Universidade Cândido Mendes. (Texto informado pelo autor)

Ruth Maria Mariani Braz, Curso de mestrado profissional em diversidade e Inclusão (CMPDI/UFF).
Doutora em Ciências e Biotecnologia pela Universidade Federal Fluminense. Especialização Lato Sensu em Educação Física Especial na Área de Deficiência Mental (Universidade Castelo Branco). Tenho a graduação em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro . Sou professor docente I - Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro, atualmente leciono no Mestrado Profissional de Diversidade e Inclusão como professor convidado. Atuei como coordenadora executiva do projeto Internacional Spreed The Sign no Brasil. Desenvolvo pesquisas ligados à Educação Inclusiva, tecnologia assisitvas, confecção de materiais adaptados com o intuito de auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais nas classes regulares de ensino, filosofia esta que defendo e é adotada atualmente nas instituições na qual trabalho. Coordeno o projeto Galileu Galilei, Tenho experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Inclusiva, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de docentes, políticas publicas, diversidade, sensibilização, adaptação de materiais e brincar.

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Publicado
2023-01-31
Como Citar
Andrade da Silva, F. C., & Mariani Braz, R. M. (2023). A relação da pessoa com impedimento auditivo com a música. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 10(22), 203-219. https://doi.org/10.55028/pdres.v10i22.15925
Seção
Artigos de demanda contínua