Família e escola: a construção da homofobia no Brasil

  • Emerson André de Godoy Mestre em educação pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – campus: Paranaíba-MS.
  • Maycon Regis Nogueira dos Santos Graduando em História pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Graduado em Ciências Contábeis pelas Faculdades Integradas Rui Barbosa

Resumen

Este artigo pretende levantar questões acerca da construção social da homofobia no Brasil e busca problematizar alguns dos modos pelos quais a família e a escola têm contribuído para a constituição de uma sociedade homofóbica. Em um primeiro momento a análise dar-se-á envolvendo a questão familiar, visto que há uma naturalização no processo de educação dentro do contexto familiar, como em outros ambientes, baseado em um modelo heteronormativo de sociedade, e uma tendência de invisibilidade dos outros modelos, consequentemente, causando a impressão de que não são naturais. Quanto à escola, esse ambiente social nem sempre é acolhedor e inclusivo, nessa perspectiva, o ambiente escolar configura-se cercado pela naturalização da homofobia, promovendo e provocando o abandono escolar dos indivíduos pertencentes à comunidade LGBT.  Estes constantemente são vítimas de agressões, piadas e do ódio de seus colegas e professores, ressaltando que a homofobia acontece de diversas formas e nos dois ambientes sociais: familiar e escolar, e as agressões e humilhações sejam elas físicas, psicológicas ou moral são desconsideradas na maioria das ocasiões. Sendo assim, faremos uma revisão bibliográfica seguindo a perspectiva pós-estruturalista, para construir uma análise de como acontece a construção dessa homofobia e, assim, responder questões importantes inerentes a esta, de forma que se possa contribuir com o próprio movimento LGBT.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito; trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2010.

BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, p. 39-64, 1998.

DINIS, Nilson Fernandes. Homofobia e educação: quando a omissão também é signo de violência. Educar em revista, n. 39, p. 39-50, 2011.

GGB, Grupo Gay da Bahia. Assassinato de LGBT no Brasil, Relatório 2016. Disponível em: https://homofobiamata.files.wordpress.com/2017/01/relatc3b3rio-2016-ps.pdf Acesso: em 20 set. 2018.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.) Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Vozes, 2003.

MISKOLCI, Richard. A Teoria Queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias, Porto Alegre, v. 11, n. 21, p. 150-182, 2009.

MONTEIRO, Ana Maria. Ensino de História: entre história e memória. História e Educação: territórios em convergência, Vitória, v. 1, 2007.

SABO, Donald. O estudo crítico das masculinidades. Adelman M, Silvestrin CB, organizadores. Coletânea gênero plural. Curitiba: Editora UFPR, p. 33-46, 2002.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Jovens brasileiros, consciência histórica e vida prática. In: História Hoje, v. 5, n. 9, p. 31-48, 2016.

SCHULMAN, Sarah. Homofobia familiar: uma experiência em busca de reconhecimento. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 4, n. 05, p. 67-78, 2012.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 460-482, 2001.

Publicado
2019-06-30
Cómo citar
de Godoy, E. A., & Nogueira dos Santos, M. R. (2019). Família e escola: a construção da homofobia no Brasil. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 6(11), 41-62. Recuperado a partir de https://periodicos.ufms.br/index.php/persdia/article/view/7527
Sección
Artigos de fluxo contínuo