AS POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA E O OBSTÁCULO EPISTEMOLÓGICO

  • Ana Lúcia Valente

Resumo

Procura-se recuperar as contribuições de alguns militantes e estudiosos do campo das relações interétnicas, indicando: a necessidade de se legitimar teórica e praticamente as políticas de discriminação positiva, no Brasil, considerando a singularidade de seu sistema de relações raciais; os limites do conceito de afrodescendência, que não supera a ambigüidade do conceito de identidade negra; a possibilidade de construção de uma identidade mestiça, num contexto plural de negociação político-ideológica e; as dificuldades para estabelecer a clientela, que deve ser definida numericamente ou em termos populacionais, para a qual seriam dirigidas essas políticas. Com base nessa argumentação, afirma-se que o ‘mulato’ continua sendo um obstáculo epistemológico, parafraseando o conhecido intelectual e militante negro Eduardo de Oliveira e Oliveira.

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Biografia do Autor

Ana Lúcia Valente

Doutora em Antropologia (USP) e pós doutorado pela Université Catholique de Louvain (UCL), Bélgica. Foi professora do Programa de Pós Graduação em Educação/UFMS, e atualmente está vinculada à Universidade de Brasília (UnB).

Publicado
2016-11-18
Como Citar
Valente, A. L. (2016). AS POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA E O OBSTÁCULO EPISTEMOLÓGICO. InterMeio: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Educação - UFMS, 8(15). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/2624