Entendemos por educação linguística o conjunto de fatores socioculturais que, durante toda a vida de um indivíduo, “lhe possibilitam adquirir, desenvolver e ampliar o conhecimento de/sobre sua língua materna, de/sobre outras línguas, sobre a linguagem de um modo mais geral e sobre todos os demais sistemas semióticos” (BAGNO; RANGEL, 2005). Desses saberes, evidentemente, também fazem parte as crenças, superstições, representações, mitos e preconceitos que circulam na sociedade em torno da língua/linguagem e que compõem o que se pode chamar de imaginário linguístico ou de ideologia linguística. Inclui-se também, na educação linguística, o aprendizado das normas de comportamento linguístico que regem a vida dos diversos grupos sociais, cada vez mais amplos e variados, em que o indivíduo se insere. Nessa perspectiva, portanto, este dossiê contempla trabalhos que tratam sobre as diferentes políticas oficiais de ensino que vêm gerando um acervo de reflexões teóricas, consolidadas em documentos da natureza diversa (leis, diretrizes, referenciais curriculares, princípios e critérios para avaliação de livros didáticos etc.), aliadas a ações efetivas de intervenção nas práticas pedagógicas (exames de avaliação do ensino fundamental e médio, sistemas de avaliação de cursos superiores, programas de avaliação do livro didático, programas de formação docente etc.).

Publicado: 2021-12-17

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DOSSIÊ