Autonomia e prescrição - formação contínua de professores em Mato Grosso
Resumo
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre formação contínua de professores em que se buscou descrever e analisar a trajetória de um grupo de coventes em Rondonópolis-MT. A opção metodológica foi a meso-abordagem, encarando as instituições de formação como organizações dotas de autonomia relativa, não se limitando a reproduzie noemas e valores do macro-sistema, e não sendo concebidas unicamente como micro-universos. Por meio da pesquisa constatou-se que processos elaborados, gestador e geridos coletivamente pelos próprios professores têm maiores possibilidades de êxito porque são politicamente decididos por e para eles, gerando sentimentos de autonomia, participação e desejo de mudança. Todavia, quando o processo se opera, os objetivos e interesses deixam de ser decisão política dos docentes e obdecem às políticas educacionais do governo. Os dados coletados demonstraram que propostas de formação contínua que concebam os professores como protagonistas do seu desenvolvimento profissional, capazes de participar e gerir sua formação, têm maiores possibilidades de êxito, de envolvimento dos sujeitos e de gerar mudanças na prática docente e na cultura escolar, desde que lhe sejam garantidas as condições necessárias de formação, atuação e mudança.