MAIO DE 1968: MOVIMENTO ESTUDANTIL E LUTA DE CLASSES

  • Lisandro Almeida Braga Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo

O presente texto discute o enfrentamento radical proporcionado por setores do movimento estudantil, em aliança com setores revolucionários do proletariado, à burocracia estatal, partidária e sindical que, auxiliando a burguesia, buscavam tornar regular uma nova ofensiva capitalista, na França em fins da década de 1960. Para isso buscaremos compreender a dinâmica da luta de classes, naquele episódio que ficou conhecido como o Maio de 1968, à luz de uma teoria marxista das classes sociais, quer dizer, levando em consideração o modo de vida das classes envolvidas nas lutas, os interesses derivados desse modo de vida e as alianças e oposições que as classes e grupos sociais estabeleceram com outras classes sociais. Dessa forma, pretendemos demonstrar que a burocracia (estatal, sindical e partidária) é uma classe social que auxiliou a dominação burguesa e, portanto, não contribuiu com a revolução proletária, estimulada pela luta cultural de setores radicais do movimento estudantil francês, pelo contrário, fez de tudo para impedir seu avanço na direção autogestionária.

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Biografia do Autor

Lisandro Almeida Braga, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Professor de Teoria Política e Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas América Latina em Movimento/NEPALM-UFMS.
Publicado
2016-01-04
Como Citar
Braga, L. A. (2016). MAIO DE 1968: MOVIMENTO ESTUDANTIL E LUTA DE CLASSES. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 3(5), 2-19. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/persdia/article/view/1354
Seção
Artigos de fluxo contínuo