Territórios ribeirinhos, crianças amazônidas e gramáticas sociais
Resumo
Em suas formas relacionais com o recurso natural efetivo à vida, a água, este artigo esboça algumas ideias sobre as gramáticas sociais de crianças que vivem em territórios ribeirinhos. Assim, o objetivo deste estudo foi refletir sobre a condição infantil de crianças, tendo como base os sentidos e significados de suas vivências às margens das águas. O método adotado abrangeu a pesquisa qualitativa, na vertente bibliográfica e de campo, cuja interface permeou os processos educativos e culturais infantis. O mesmo desenvolveu-se na comunidade quilombola de Tauerá-Açú, município de Abaetetuba (PA), margeada por paisagens, ambientes naturais e repertórios socioculturais, que embora tenha constantes e diversos fluxos com o urbano, continuam e (re)existem na experiência de vida com sentidos e significados patrimonializados, sedimentados ou em construção do viver nas e às margens d’águas. Foi possível perceber, com o auxílio da gramática social produzida por crianças, que seus viveres infantis expõem sentidos relacionais e de intimidade em relação às águas, que constituem processos identitários, bem como seu mundo vivido. Ao mesmo tempo, tais sinalizações podem ser úteis para pensar possíveis (re)configurações à Educação Infantil do e no campo, nessa região.
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Referências
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