Metodologia Maker: contribuições para o processo de ensino e aprendizagem de estudantes com Transtorno do Espectro Autista

Resumo

A inclusão de estudantes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ambiente educacional requer a implementação de estratégias pedagógicas inovadoras que atendam às necessidades específicas destes alunos e que promovam o engajamento, a autonomia e o desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e sociais. Nesse contexto, o Movimento (ou Metodologia) Maker surge como uma possibilidade bastante promissora, caracterizada pela filosofia do "faça você mesmo" e pela ênfase na aprendizagem prática, criativa e colaborativa. Assim, o objetivo deste artigo é demonstrar como as ferramentas tecnológicas, práticas de construção e processos interativos do Movimento Maker favorecem o enriquecimento do processo de ensino e aprendizagem, em especial, para estudantes com TEA. Para tanto, buscou-se compartilhar em um relato de experiência, atendimentos realizados em Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) que fizeram uso da Cultura Maker para alunos com TEA, com aporte teórico na literatura nacional e internacional, utilizando publicações impressas e eletrônicas, artigos científicos da base de dados Scielo, sem especificação de recorte temporal e em língua portuguesa e inglesa. Foram localizados estudos que corroboram com a prática encontrada nos atendimentos na SRM e que nos indicam a assertividade da Cultura Maker para estudantes autistas de diversas idades, além de outros alunos com e sem deficiência ou dificuldades de aprendizagem, contribuido para o Desenho Universal da Aprendizagem (DUA). Tais resultados permitem que a prática favoreça as relações de aprendizagem e concluiu-se a importância de ser incluída como prática no ambiente escolar mais inclusivo e eficaz.