Formações de Professores que ensinam Matemática em MT e MS: o medo e as subjetividades fundamentais de cada dia
Resumo
Nesta fala tenho como intuito partir da noção cartesiana “Penso, logo existo” para um movimento de desconstrução da mesma em prol de um diálogo acerca da necessidade de se lidar e cuidar das sensibilidades fundamentais à constituição de um outro modo de estar no mundo. De Walter Mignolo, pretendo mobilizar a noção de que mais do que uma visão de mundo, é fundamental a construção e problematização de sensibilidades de mundo. Com Viviane Mosé tenho o intuito de discutir acerca de modos de pensar e de como nossa racionalidade impõe um afastamento de um mundo sensível fundamental à nossa condição humana. De Deleuze tenho o intuito de discutir o pensar como uma violência ao pensamento, sinalizando para sua perspectiva de três grandes áreas: a Filosofia criadora de conceitos, a Ciência criadora de funções e a Arte criadora de afetos. Após inserir essa ideia da importância do sensível para a construção de novos modos de pensar, pretendo articular as ideias de Vladimir Safatle acerca do Medo como organizador da vida política à medida que é criado junto com opções-esperanças para que as pessoas tenham o que abraçar mediante a possibilidade do desamparo. Essa é a questão central de minha fala. A partir daí, farei o exercício de expor, a partir de narrativas de alunos, professores e presidentes de sindicatos de professores alguns dos medos que têm sido envoltos nesse processo histórico de formação e atuação de professores que ensinam matemática. Todas as entrevistas a serem mobilizadas foram produzidas no Grupo HEMEP- História da Educação Matemática em Pesquisa da UFMS. A finalização dessa apresentação pretende se colocar em articulação direta com o momento atual no país em que se percebe inúmeros movimentos para a construção de uma narrativa que coloco o professor no papel de vilão, um inimigo a ser combatido ou, ao menos, vigiado, controlado.1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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