CONDIÇÃO DO TRABALHO FEMININO EM SANTA CATARINA POR ESCOLARIDADE E INTENSIDADE TECNOLÓGICA

  • Flavio K. Fiuza-Moura Doutorando em Economia do Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo - FEA/USP
  • Solange de Cassia Inforzato de Souza Professora do Programa de Mestrado em Economia Regional da Universidade Estadual de Londrina – UEL
  • Katy Maia Professora do Programa de Mestrado em Economia Regional da Universidade Estadual de Londrina – UEL
Palavras-chave: Indústria, Diferenças salariais, Absorção feminina.

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender a condição do trabalho feminino na indústria de transformação catarinense segundo escolaridade e níveis de intensidade tecnológica no ano de 2012, a partir dos dados da RAIS-Relação Anual de Informações Sociais do MTE. Os resultados permitem visualizar: i) expressivo ganho salarial para os trabalhadores mais escolarizados com diferença de renda entre os níveis tecnológicos, tanto para homens quanto para mulheres; ii) maior participação relativa do trabalhador do gênero feminino para o segmento de baixa tecnologia; iii) maior remuneração em indústrias mais avançadas tecnologicamente, em que a participação feminina é menor; e, iv) pequena diferença percentual nos ganhos dos trabalhadores com curso superior completo entre os segmentos.

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Publicado
2015-12-22
Como Citar
Fiuza-Moura, F. K., Inforzato de Souza, S. de C., & Maia, K. (2015). CONDIÇÃO DO TRABALHO FEMININO EM SANTA CATARINA POR ESCOLARIDADE E INTENSIDADE TECNOLÓGICA. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 2(4), 2-17. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/persdia/article/view/1042
Seção
Artigos de demanda contínua