Pensamento computacional na educação infantil: interlocuções teóricas sobre a formação continuada como estratégia para desenvolver a linguagem matemática

Resumo

A abordagem tradicional do ensino da matemática parece negligenciar o desenvolvimento do pensamento computacional, competência essencial na atualidade. Em tal contexto, a formação continuada docente exerce atribuição impreterível no alinhamento das habilidades e refinamento das práticas pedagógicas, sobretudo no nível da educação infantil. É imprescindível reexaminar a atuação docente desse nível, e explorar abordagens inovadoras que harmonizem o ensino da matemática com as necessidades contemporâneas, como a integração do pensamento computacional e suas linguagens. Nesse cenário, é relevante ao processo formativo, pois permite aos professores atualizarem e adaptarem suas práticas conforme as demandas educacionais em constante evolução. Este estudo configura-se como uma investigação de natureza qualitativa, fundamentada na abordagem histórico-social, tendo como objeto o desenvolvimento profissional docente voltado à integração do pensamento computacional no ensino da linguagem matemática. Supõe-se que a busca do aperfeiçoamento pedagógico, voltada à inserção do pensamento computacional nas práticas pedagógicas, potencializa o ensino da linguagem matemática na educação infantil e promove o desenvolvimento de habilidades matemáticas e cognitivas. O objetivo geral da investigação em andamento é analisar como a formação permanente dos professores integra o pensamento computacional no ensino da linguagem matemática influenciando práticas pedagógicas na educação infantil. Para tanto, apresentam-se os resultados da pesquisa inicial documental sobre formação no cotidiano docente, em abordagem interdisciplinar coerente com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular. Espera-se que os resultados desta investigação contribuam aos processos formativos e na implementação de estratégias pedagógicas inovadoras, com uso do pensamento computacional e ensino da linguagem matemática, no âmbito do desenvolvimento infantil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Paulino Souza, Professora na Escola Municipal Elpídio Reis

Graduada em Normal Superior pela UEMS (2007).

Pós-Graduação lato sensu em Supervisão, Orientação e Gestão Escolar – FAVENI (2018).

Mestranda no Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da– Anhanguera - UNIDERP/2024-2026.

Erlinda Martins Batista, UNIDERP/Anhaguera
Docente no Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da UNIDERP/Anhanguera. Coordenadora do GINPEAD/DGP/CNPq. Pós-doutoranda em Educação no PROPED/PNPD/UERJ/CAPES/2020 Participante do Grupo de Pesquisa Linguagem, Cognição Humana e Processos Educacionais  

Referências

BARCELOS, Thiago Schumacher; SILVEIRA, Ismar Frango. Pensamento computacional e educação matemática: relações para o ensino de computação na educação básica. In: WORKSHOP SOBRE EDUCAÇÃO EM COMPUTAÇÃO – WEI, 20., 2012, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: UFPR, 2012.

BERS, Marina Umaschi. Programação como brincadeira: pensando e aprendendo no mundo digital. Tradução de Andréia Roma. Porto Alegre: Penso, 2020.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020. Estabelece diretrizes operacionais complementares para a organização dos sistemas de ensino. Brasília: MEC, 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2020-pdf/164841-rcp001-20/file. Acesso em: 21 maio 2024.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação infantil. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil. Acesso em: 27 maio 2024

FREITAS, Maria Teresa Assunção. A pesquisa de abordagem histórico-cultural: um espaço educativo de constituição de sujeitos. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 10, n. 20, p. 26-41, 2009. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24057. Acesso em: 27 jan. 2025.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.

NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1997, p. 17-31.

RESNICK, Mitchel. Jardim de infância para a vida toda: cultivando a criatividade por meio de projetos, paixões, pares e brincadeiras. Porto Alegre: Penso, 2020.

RESNICK, Mitchel. Lifelong kindergarten: cultivating creativity through projects, passion, peers, and play. Cambridge, MA: The MIT Press, 2017.

VALENTE, José Armando. Integração do pensamento computacional no currículo da educação básica: diferentes estratégias usadas e questões de formação de professores e avaliação do aluno. e-Curriculum, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 864-897, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.23925/1809-3876.2016v14i3p0864. Acesso em: 4 dez. 2024.

VYGOTSKY, Lev Semionovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Tradução de Lya L. S. Barbosa. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

VYGOTSKY, Lev Semionovich. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

WING, Jeannette Marie. Computational thinking. Communications of the ACM, New York, v. 49, n. 3, p. 33–35, 2006. DOI: https://doi.org/10.1145/1118178.1118215.

Publicado
2025-06-25
Como Citar
Paulino Souza, S., & Batista, E. M. (2025). Pensamento computacional na educação infantil: interlocuções teóricas sobre a formação continuada como estratégia para desenvolver a linguagem matemática. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 12(31), 263-280. https://doi.org/10.55028/pdres.v12i31.22787