Os Afro-Brasileiros no Processo de Formação Étnico-Cultural da Amazônia e as Possibilidades Metodológicas para o Ensino da Capoeira na Educação Básica
Resumo
Este trabalho configurado por meio de pesquisa teórica de cunho bibliográfico tem por objetivo reconhecer e valorizar a identidade cultural africana e afro-brasileira, explicando a depreciação sociocultural do continente africano; investigando a contribuição dos africanos e afrodescendentes para a estruturação étnica cultural e social da Amazônia e o surgimento da capoeira no estado do Pará, traçando paralelo com a marginalização e subsequente legalização da mesma e propondo possibilidades metodológicas para o ensino da capoeira na Educação Básica. Concluiu-se que os dogmas cristãos tiveram uma importante participação para a depreciação do continente africano e que a contribuição dos africanos e dos afrodescendentes para a formação histórica social e cultural da Amazônia tem sido menosprezada e desvalorizada, apesar de tais sujeitos terem sido importantíssimos para este processo. Nesta perspectiva, a capoeira surge como um símbolo de luta e expressão cultural de rica ancestralidade, podendo chegar até as escolas como elemento de valorização e reconhecimento da identidade cultural africana e afro-brasileira.
Downloads
Referências
BENCHIMOL, Samuel. Amazônia - Formação social e cultural. 3ª Ed. Manaus: Editora Valer, 2009.
BONFIM, Genílson Cesar Soares. A Prática da Capoeira na Educação Física e sua Contribuição para a aplicação da Lei 10. 639 no Ambiente Escolar: A capoeira Como Meio de Inclusão Escolar e de Cidadania. Set 2012. Disponível em: <http://congressos.cbce.org.br/index.php/ conece/3conece/paper/viewFile/2379/975>. Acesso em: 04 março 2015.
BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília: 10 março 2008.
BRASIL. Lei nº 10.793, de 1º de dezembro de 2003. Altera a redação do art. 26, § 3o, e do art. 92 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, e dá outras providências. Brasília: 1º dezembro 2003.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CANCELA, Cristina Donza. Casamento e relações familiares na economia da borracha (Belém- 1870-1920). 2006. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em História Econômica do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
COELHO, Wilma de Nazaré Baía. O negro e a formação de professores no Pará: aproximações metodológicas. In: ALVES, Laura Maria Silva Araújo et al. Cultura e Educação: reflexões para a prática docente. Belém: EDUFPA, 2008. p. 81-108.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do. ALMEIDA, Luciano de. A tematização das lutas na Educação Física Escolar: restrições e possibilidades. Movimento, Porto Alegre, v. 13, n. 03, p. 91-110, set./dez. 2007.
PAIVA, EF. Corpos pretos e mestiços no mundo moderno - deslocamento de gentes, trânsito de imagens. In:PRIORE, Mary Del; AMANTINO, Marcia. História do Corpo no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2011. p. 69-106.
SALLES, Vicente. O negro no Pará, sob o regime da escravidão. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1971.
RAIOL DOS SANTOS, M. A. Lutas e seu Ensino na Educação Básica: Fundamentos teórico-
-pedagógicos da – Volume I. Belém: Editora Açaí, 2015.