Atendimento educacional especializado para a criança com deficiência física neuromotora na educação infantil: possibilidade real?

  • Claudovil Barroso de Almeida Júnior

Resumo

Na década de 1990 no Brasil iniciaram-se as discussões sobre a educação inclusiva, com a possibilidade de elaborar políticas públicas para a acessibilidade de alunos com deficiência desde a educação infantil. Em decorrência desse contexto, o estudo apresenta como temática o atendimento educacional especializado para a criança com deficiência física neuromotora na educação infantil. Seus objetivos são os seguintes: conhecer os princípios históricos e legais da educação especial no Brasil; analisar o acesso da criança com deficiência física neuromotora na educação infantil e; avaliar o atendimento educacional especializado na educação infantil para essa criança. A metodologia contemplou a pesquisa exploratória com características qualitativas, mediante a análise de documentos Leis, como também de pressupostos teóricos que dialogam com essa temática, utilizando como recorte temporal o texto da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, editado no ano de 2008. Quanto aos resultados, observou-se que apesar dos investimentos do Poder Público com programas de educação especial, o atendimento educacional especializado não é garantido para as crianças com deficiência física neuromotora na educação infantil. Em síntese, verificou-se que o direito à educação para essas crianças é subtraído; as práticas pedagógicas possuem concepções clínico-terapêuticas; existência da parceria público-privada por meio da institucionalização do ensino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudovil Barroso de Almeida Júnior
Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Professor de Educação Especial do Governo do Estado do Amapá. Contatos: claudovilbarroso@bol.com.br

Referências

ABRAMOWICZ, A.; OLIVEIRA, F. A sociologia da infância no Brasil: uma área em construção. Revista de Educação. Santa Maria, v. 35, n. 1, p. 39-52, jan./set. 2010. Disponível em: <http://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1602/897>. Acesso em: 06 nov. 2017.

ALMEIDA, C.; TEZORI, R. C. S. Um olhar sobre a deficiência física no contexto educacional. In: DENARI, F. E. (Org.). Educação especial: reflexões sobre o que dizer e o fazer. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.

ALMEIDA JÚNIOR, C. B. Deficiência física neuromotora: um estudo das políticas e seus desdobramentos na educação infantil. 2018. 149f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR, 2018. Disponível em:

<http://www.prppg.ufpr.br/siga/visitante/trabalhoConclusaoWS?idpessoal=42591&idprograma=40001016001P0&anobase=2018&idtc=1308>. Acesso em: 23 abr. 2018.

BARBOSA, A. J. G.; AZEVEDO; P. R.; CASELLATTO, P. Atitudes dos pares em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais: socialização e inclusão escolar. In: MANZINI, E. J. (Org.). Inclusão do aluno com deficiência na escola: os desafios continuam. Marília, SP: ABPEE, 2007.

BEYER, H. O. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2006.

BERSCH, R.; MACHADO, R. Atendimento educacional especializado do aluno com deficiência física. São Paulo: Moderna, 2010.

BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2001.

BRASIL. Inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2006.

BRASIL. Atendimento Educacional Especializado – Deficiência Física. Brasília, DF: MEC, 2007.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Senado, 1990.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF: MEC, 2008.

BRASIL. Educação Infantil 100% Inclusiva: acesso, permanência e qualidade. Brasília, DF: MEC/SECADI, 2014.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF: Senado, 1998.

BRASIL. Sinopse Estatística da Educação Especial: 1988. V. 1 – Ensino Regular. Brasília, DF: MEC, 1991.

BRASIL. Sinopse Estatística da Educação Especial: 1988. V. 2 – Instituições Especializadas. Brasília, DF: MEC, 1991.

BRASIL. Sinopse Estatística da Educação Especial: 1981. V. 3. Brasília, DF: MEC, 1985.

BRASIL. Tendências e Desafios da Educação Especial. Brasília, DF: SEESP, 1994.

FERNANDES, S. Fundamentos para educação especial. Curitiba: Ibpex, 2011.

ISRAEL, V. L.; BERTOLDI, A. L. S. Deficiência físico-motora: interface entre educação especial e repertório funcional. Curitiba: Ibpex: 2010.

MENDES, E. G. Breve histórico da educação especial no Brasil. Revista Educación y Pedagogía, vol. 22, n. 57, mayo-agosto, 2010. Acesso em: 17 ago. 2016.

MURILLIO, P. C. O patológico e o anormal no olhar de Michel Foucault: um estudo sobre a identidade da criança com paralisia cerebral. Kinesis – Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, v. 2, n. 4, p. 159-174, dez./2010. Disponível em: <http://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/Kinesis/Opatologicoeoanormal.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2016.

NERY, J. R. C.; BORGES, M. L. T. Orientações técnicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Macapá: UNIFAP, 2005.

NUNES, M. I. C. Crianças público alvo da educação especial na educação infantil. 2015. 147 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal de Goiás. Catalão/GO, 2015. Disponível em: < http://mestrado_educacao.catalao.ufg.br/up/549/o/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Monica_canuto.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2017.

QUILES, R. E. S.; GONÇALVES, T. G. G. L. Escolas de educação especial no Brasil: uma análise do público e do privado a partir dos indicadores sociais. In: DENARI, F. E. (Org.). Educação especial: reflexões sobre o que dizer e o fazer. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.

REBELLATO, C.; NEGRINI, S. F. B. M. Informações e sugestões aos educadores do ensino infantil sobre alunos com deficiência física. In: COSTA, M. P. R.; RANGNI, R. A. Educação especial na educação infantil: reflexões, informações e sugestões aos professores. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.

ROCHA, L. M. A gestão da educação especial nos municípios da área metropolitana norte de Curitiba: uma análise decorrente da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2016. 184 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR, 2016. Disponível em: <http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/43271/R%20%20D%20%20LOUIZE%20MARI%20DA%20ROCHA.pdf?sequence=3&isAllowed=y>. Acesso em: 10 mar. 2017.

VITALIANO, C. R.; MANZINI, E. J. A formação inicial para inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. In: VITALIANO, C. R. (Org.). Formação de professores para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Londrina: Eduel, 2010.

Publicado
2019-06-30
Como Citar
Almeida Júnior, C. B. de. (2019). Atendimento educacional especializado para a criança com deficiência física neuromotora na educação infantil: possibilidade real?. Perspectivas Em Diálogo: Revista De Educação E Sociedade, 6(11), 63-80. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/persdia/article/view/7722
Seção
Artigos de demanda contínua