Por que Michel Foucalt em História da Educação Matemática?

  • Filipe Santos Fernandes Professor do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
  • Marcelo Bezerra de Morais Professordoutorando e mestre em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista (UNESP / campusRio Claro), membro do Grupo História Oral e Educação Matemática (GHOEM) e bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP –processo 2014/05379-0).
  • Rosilda dos Santos Morais Professora Dra. Rosilda dos Santos Morais, Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET)/Setor de Educação, Universidade Federal de São Paulo.

Resumo

Ao propor uma mesa intitulada “Por que Michel Foucault em História da Educação Matemática?” nos dispusemos problematizar duas frentes: a primeira delas consiste em apresentar pesquisas que vêm sendo realizadas pelos três pesquisadores que aqui se apresentam, como, também, ampliar a discussão acerca das obras de Michel Foucault e suas relações com a pesquisa em Educação Matemática. Nessa direção, Filipe Santos Fernandes apresenta uma pesquisa em desenvolvimento na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que tem tido as obras de Foucault como referencial para pensar a posição científico- acadêmica da Educação Matemática no Brasil. O diálogo com as obras de Foucault visa produzir compreensões sobre como a Educação Matemática se constitui como saber no espaço científico-acadêmico brasileiro. No segundo texto, Marcelo Bezerra de Morais irá discorrer sobre sua pesquisa de doutorado, em andamento, vinculada ao Grupo de História Oral em Educação Matemática (GHOEM). O GHOEM tem mapeado fluxos históricos sobre a formação e atuação de professores de matemática no Brasil de modo que algumas das pesquisas desenvolvidas no grupo analisam os dados produzidos orientadas pela obra de Michel Foucault. Morais afirma que a aproximação a esse referencial possibilitou propor desconstruções sobre o tema “formação de professores de matemática" a partir de um ponto de vista historiográfico. O terceiro texto da mesa, de autoria de autoria de Rosilda dos Santos Morais, é um recorte da pesquisa que vem sendo desenvolvida a partir do projeto “A matemática escolar nos documentos das Conferências Nacionais de Educação (1927-1954)”, vinculado projeto coletivo “A matemática e os primeiros anos escolares: processos de internacionalização, institucionalização, profissionalização e circulação, 1880-1970”, GHEMAT/SP. O recorte trazido para esta mesa aborda temas relativos ao ensino de Matemática na I Conferência Nacional de Educação (1927), especificamente no âmbito da matemática escolar e suas dinâmicas de transformação. A obra de Michel Foucault, especialmente ao se assumir a genealogia como uma técnica de investigação (techné) que possibilita a análise de processos, vem orientando a pesquisa. A obra de Foucault nos ajuda a pensar sobre como as coisas vêm a ser o que é e não “explica-las” ou‘interpretá-las” ou dizer o que ela “realmente” quer dizer (VEIGA-NETO, 2003, p.47).
Como Citar
Fernandes, F. S., Morais, M. B. de, & Morais, R. dos S. (1). Por que Michel Foucalt em História da Educação Matemática?. Anais Do ENAPHEM - Encontro Nacional De Pesquisa Em História Da Educação Matemática, (3). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/ENAPHEM/article/view/6143
Seção
Mesas redondas - submetidas