A criança deficiente: uma leitura sócio-histórica

  • Sandrelena da Silva Monteiro

Resumo

Neste trabalho, pretendemos apreender a visão da criança deficiente veiculada na teoria sócio-histórica de L. S. Vygotsky, bem como suas implicações quanto ao aprendizado, desenvolvimento e educação da mesma. Para Vygotsky, a criança deficiente não era simplesmente uma criança menos desenvolvida que seus pares, mas uma criança que se desenvolve diferentemente; uma vez que uma criança em cada estágio de seu desenvolvimento representa uma singularidade qualitativa, isto é, uma estrutura orgânica e psicológica específica; um tipo de desenvolvimento único, qualitativamente diferente. A ênfase na educação social estava ligada à sua análise do papel de qualquer deficiência na vida da criança, a qual afeta antes de tudo suas relações sociais. Podemos afirmar que os pressupostos da teoria vygotskiana quanto à criança deficiente, sua educação, aprendizado e desenvolvimento, apontam para o caminho da inclusão como sendo a única alternativa possível para sua constituição enquanto um ser sócio-histórico-cultural. Em outras palavras, para que as pessoas consideradas “normais” possam ver além da deficiência, vê-la “simplesmente” como ela é: criança.

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Biografia do Autor

Sandrelena da Silva Monteiro

Professora do Instituto Superior de Educação de Três Rios (ISE-Três Rios/FAETEC/RJ).Doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGE/FACED/UFJF). Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (NEPED/FACED/UFJF).

Publicado
2016-11-04
Como Citar
Monteiro, S. da S. (2016). A criança deficiente: uma leitura sócio-histórica. InterMeio: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Educação - UFMS, 16(32). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/2428