Práticas Pedagógicas Progressistas para a Valorização da Cultura Negra na Infância: Um Debate à Luz da Lei 10.639/03

  • Luciana Guimarães Nascimento

Resumo

Cabe à educação institucionalizada formal, prover e se dispor a buscar mecanismos e práticas que favoreçam a reversão da condição excludente - ao que se refere a aspectos culturais, sociais e econômicos -, na qual se encontram os indivíduos negros em comparação com os brancos, iniciada no período escravista e vigente até os dias de hoje no Brasil. A Lei 10.639/03 e suas diretrizes surgem, na política educacional brasileira, fazendo referência a caminhos favoráveis à reversão deste quadro, oportunizando a busca por práticas pedagógicas progressistas que contribuam para a exaltação da cultura negra, combatendo estigmas e estereótipos socialmente construídos. O presente artigo tem como finalidade apontar uma proposta pedagógica que valorize a cultura negra no espaço escolar, desfazendo preconceitos que acabaram por negar e ocultar suas características tão vivas na sociedade brasileira.

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Biografia do Autor

Luciana Guimarães Nascimento

Instituição a que está vinculado: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Professora dos anos iniciais do ensino fundamental na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro – SME/RJ.

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UNESCO; MEC. Contribuição para Implementação da Lei 10.639/2003. Brasília, 2008.

Publicado
2016-11-01
Como Citar
Nascimento, L. G. (2016). Práticas Pedagógicas Progressistas para a Valorização da Cultura Negra na Infância: Um Debate à Luz da Lei 10.639/03. InterMeio: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Educação - UFMS, 18(35). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/2388