Políticas públicas em educação e formação docente: o caso dos ciclos de aprendizagem em São Paulo

  • Isabela Bilecki da Cunha

Resumo

A partir da análise de pesquisas sobre as propostas de ciclos e progressão continuada no Brasil, foi realizado um estudo de caso em uma escola da rede pública municipal de São Paulo ao longo do ano letivo de 2006. Para os estudiosos, a discordância em relação aos ciclos, manifesta por grande parte dos professores, fez com que estes mantivessem práticas caracterizadas pelo regime seriado. Isso constituiria um complicador para a efetivação de propostas que visam essencialmente a flexibilização dos tempos e espaços escolares, como forma de superar o fracasso escolar de alunos na rede pública. Esta pesquisa teve como objetivo revelar a postura dos docentes a partir de suas práticas e das reflexões que fazem sobre seu trabalho de acordo com sua formação. Verificou-se que os docentes, a despeito de serem em geral contrários à proposta de ciclos, têm, ao longo dos anos, mudado a postura em relação aos alunos diante das novas realidades criadas pelos ciclos, reconstruindo suas práticas como forma de adaptar antigas concepções de ensino à estrutura que foi gerada. A análise revela que a formação docente não contempla demandas importantes como a articulação do trabalho coletivo e a criação de instrumentos de apoio aos alunos nos diferentes anos do ensino fundamental.

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Biografia do Autor

Isabela Bilecki da Cunha

Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do curso de Pedagogia da Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO)

Publicado
2016-11-08
Como Citar
Cunha, I. B. da. (2016). Políticas públicas em educação e formação docente: o caso dos ciclos de aprendizagem em São Paulo. InterMeio: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Educação - UFMS, 15(29). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/intm/article/view/2470